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Confiança do industrial gaúcho recua em julho

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS), elaborado mensalmente pela FIERGS, caiu 2,7 pontos em julho, em comparação com junho, e somou 51,8 pontos, de um total de 100. O valor é o mais baixo desde abril de 2009, quando o País sofria os efeitos mais agudos da crise financeira internacional. A queda está relacionada, sobretudo, à piora da situação econômica em geral. As expectativas para os próximos seis meses também foram reavaliadas para baixo, ainda que permaneçam em território positivo.

"A preocupação com os rumos da economia brasileira e a incapacidade de reagir ao cenário desfavorável vêm minando a confiança do empresário gaúcho, a despeito dos estímulos concedidos pelo governo. Pressionada por custos crescentes e diante da desaceleração da demanda doméstica e da crise mundial, a situação da indústria do Estado segue muito ruim", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor José Müller, ao divulgar o ICEI-RS nesta quarta-feira (25), destacando que investir e gerar emprego requer confiança.

O cenário da economia brasileira e gaúcha, além da própria empresa, piorou na passagem de junho para julho, na visão dos empreendedores. O componente de condições atuais retraiu 3,9 pontos, fechando com 42, 7 pontos de um total de 100. Conforme 52,1% dos entrevistados, houve um agravamento no panorama econômico do País e do Estado. A parcela de empresários com uma percepção negativa da economia gaúcha atingiu 44,5% e a positiva, 5,6%. O restante afirmou que as dificuldades enfrentadas permanecem inalteradas.

O levantamento mostrou também que as perspectivas para os próximos seis meses desaceleraram (-2,1 pontos), indicando que o otimismo com o futuro segue baixo. Os industriais apontaram para uma melhora gradual e lenta nos negócios e na conjuntura econômica até final do ano (58,4 pontos).

Elaborado mensalmente pela FIERGS, o ICEI-RS é baseado em questões sobre o momento atual e as expectativas futuras, variando em uma escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima 50 significa maior confiança e quanto mais abaixo, pessimismo. A mostra contou com 163 indústrias, sendo 38 pequenas, 60 médias e 65 grandes.

Publicado quarta-feira, 25 de Julho de 2012 - 0h00