"O resultado do PIB no segundo trimestre ajuda a reduzir as perdas registradas com a crise, mas não deve evitar que o ano encerre com uma taxa negativa", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre, ao avaliar o índice de 1,9% do Produto Interno Bruto, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE). O industrial destaca também que um nível de investimento mais baixo, como o verificado no período, "reflete a incerteza do empresário com o futuro".
De acordo com Tigre, apesar do crescimento significativo do PIB, ele demonstra mais a base deprimida do que um processo de retomada efetiva da economia. "Mesmo com o nível de estoques baixando sensivelmente, o que indica a necessidade de novos pedidos e aumento da produção, a queda dos investimentos com a retração da demanda externa, provocada pela turbulência econômica global, ainda tem implicações significativas para a indústria de bens de capital", afirma o industrial.
Segundo dados do IBGE, a indústria foi o destaque positivo e o seu PIB cresceu 2,1% frente ao trimestre anterior, contribuindo decisivamente para a expansão do indicador geral. No entanto, alerta o presidente da FIERGS, na comparação ao mesmo período de 2008, o setor industrial registra uma redução de 7,9%. No primeiro semestre essa queda alcança 8,6%.
