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Cuba apresenta oportunidades de negócios e investimentos

Empresários gaúchos conheceram as oportunidades de negócios e investimentos que Cuba oferece. O assunto foi tema de um seminário realizado na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), nesta quarta-feira (20). "Para a FIERGS é importante realizar este encontro, pois a prospecção de novos negócios faz parte da atuação permanente da entidade", disse o presidente da FIERGS, Heitor José Müller na abertura do evento. Segundo ele, o intercâmbio e as parcerias entre Cuba e o Estado estão muito aquém de seu potencial e o aprofundamento dessas relações econômicas depende do aprendizado mútuo, bem como do avanço das facilidades de transações e garantias para o comércio exterior e investimentos. "Nossa indústria de transformação é a segunda mais diversificada do País. Dispomos de 22 segmentos fabris, desde a agroindústria de alimentos até a microeletrônica. De janeiro a outubro deste ano, as vendas totais gaúchas para o mercado cubano somaram cerca de US$ 100 milhões de dólares, e 70% foram de alimentos, entre cereais e carnes. Mais 11% se distribuem pela indústria de móveis e calçados", destacou Müller.

Já o Secretário Estadual de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik, destacou a qualidade dos produtos e da mão de obra gaúcha. "O Rio Grande do Sul é líder na produção de máquinas agrícolas e queremos oportunidades de oferecer nossos produtos e negociar nossos preços", afirmou.

Com o objetivo de promover a Zona de Desenvolvimento Especial de Mariel (ZEDM), o ministro cubano de Comércio Externo e Investimento Estrangeiro, Rodrigo Díaz, explicou que a ZEDM é onde se estabelece um regime e políticas especiais, no intuito de fomentar o desenvolvimento econômico sustentável através da atração de investimento estrangeiro, inovação tecnológica e concentração industrial, visando incrementar as exportações, a substituição efetiva de importações e criar novas fontes de emprego, em uma constante articulação com a economia interna. "Na Zona se fomentam e protegem as empresas, projetos industriais, agropecuários, metal-mecânicos, turísticos e todo o tipo de atividades permitidas pelas leis cubanas, que utilizem tecnologias limpas e produzam bens e serviços de valor agregado baseado no conhecimento e na inovação", afirmou. Também foram apresentadas as garantias aos investidores estrangeiros, a localização estratégica como ambiente favorável aos negócios, as obras de infraestrutura e a estrutura do terminal de containers da Zona.

A possibilidade de parceria com empresas farmacêuticas brasileiras também foram apresentadas durante o seminário. O Grupo Biocubafarma, formado por 38 indústrias biotecnológicas e farmacêuticas, busca impactar de maneira decisiva na saúde do povo cubano, através da produção e fornecimento de medicamentos, equipamentos e serviços de alta tecnologia ao sistema nacional de saúde, sendo importante fonte de recursos para a economia cubana. Registro e comercialização de produtos das empresas cubanas no Brasil, desenvolvimento clínico conjunto e investimento produtivo em Cuba, construção de plantas e fornecimento dos produtos ao mercado brasileiro são alguma das oportunidades.

No encerramento, o presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (Simers), Cláudio Bier, ressaltou o potencial da indústria gaúcha na fabricação de máquinas agrícolas. "São produzidas no Rio Grande do Sul 65% das máquinas brasileiras, isso porque foram 90% da agricultura deste País foi feita por gaúchos que levaram nossas máquinas para o restante do Brasil. Cuba tem 20 usinas de açúcar precisando de reparos e os gaúchos são perfeitos para abraçar esta oportunidade", avaliou.

O evento foi uma promoção da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, por meio do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Concex) e Centro Internacional de Negócios (CIN-RS).

Publicado quarta-feira, 20 de Novembro de 2013 - 0h00