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Custos de exportação podem ser reduzidos

Evento na FIERGS discutiu logística no comércio exterior

Além da valorização do real em relação ao dólar, os problemas logísticos que aumentam os custos das operações de comércio exterior têm sido um desafio para os exportadores afirmou o coordenador do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Concex) da FIERGS, Cezar Müller, na abertura do evento Bom Dia Indústria, abordando o tema Como estamos reduzindo nossos custos logísticos?, na manhã desta sexta-feira (4), na sede da entidade. "Nosso objetivo é aproximar as indústrias de ferramentas que as tornem mais competitivas, preparando-as para enfrentar a concorrência internacional", disse Muller.

A diretora de Negócios Internacionais da Borrachas Vipal, Maria Locatelli, que participou do encontro, relatou que "o Brasil tem as taxas portuárias mais caras do mundo e os fretes internos e marítimos são uma grande preocupação para os exportadores". Ela abordou ainda as medidas adotadas pela empresa para enfrentar estes obstáculos. Uma das ferramentas usadas para diminuir os custos das exportações tem sido o Programa Colabora Internacional, disponibilizado pela FIERGS. "Esse programa de web é muito positivo, pois nos possibilita acompanhar todas as etapas de exportação da mercadoria, desde a sua saída até a chegada no cliente. Assim, podemos saber onde está o problema, o que está emperrando na operação, para solucionarmos o gargalo", disse. Ela acrescentou que a empresa vem aumentando suas exportações em 40% em média, nos últimos 4 a 5 anos. A Borrachas Vipal está trabalhando para ser internacional e já abriu centros na Argentina, Chile, Espanha, México e Estados Unidos.

O gerente de Exportações da Springer-Carrier, José Carlos Blasco, afirmou que o Colabora Internacional reduziu em US$ 200 mil os custos operacionais da empresa. "Problemas em aduanas, com transporte e despachantes podem ser solucionados rapidamente através dessa ferramenta", disse. "São custos ocultos, que antes não conseguíamos enxergar", salientou ele. Blasco também disse que desde a valorização do real frente ao dólar, a empresa fechou algumas linhas de produção e voltou-se no comércio exterior para a América Latina.

Publicado sexta-feira, 4 de Maio de 2007 - 0h00