Você está aqui

Empresas brasileiras devem mudar sua contabilidade para o padrão internacional

As empresas brasileiras precisarão implantar um novo sistema de contabilidade para ficar de acordo com o padrão internacional. As novas regras obrigatórias foram sancionadas pelo governo federal e entrarão em vigor em 2010. As modificações afetarão todas as empresas, independente do seu porte, do tipo de operação comercial e da sua composição societária. Os reflexos das mudanças estão sendo debatidos nesta terça-feira ( dia 13) durante seminário realizado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), na sede da entidade, em Porto Alegre. O evento é voltado a diretores e administradores de empresas, economistas, contadores, profissionais da área jurídica e financeira.

O Conselho Técnico de Assuntos Tributários, Legais e Financeiros da FIERGS promove o evento com o objetivo de apresentar e esclarecer a aplicação da Lei número 11.638/07, que introduziu alterações na Lei nº 6.404/76 para instituir no Brasil um sistema contábil compatível com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC). Outra aplicação que estará na pauta é o Regime Tributário de Transição (RTT), instituído através da Medida Provisória nº 449/2008, transformada na Lei 11941/09, que traz os ajustes tributários a serem feitos pelas pessoas jurídicas, a fim de evitar conflitos com os novos métodos e critérios contábeis.

As novas regras de contabilidade causam profundas modificações na forma de expressar os valores do patrimônio, atingindo diretamente a apresentação do Balanço Patrimonial. Também exigirá alterações no planejamento estratégico das empresas, nos valores patrimoniais, na apuração do Imposto de Renda, na apropriação de custos, dentre outros.

A determinação de adotar o padrão internacional está relacionada com a expansão dos mercados e a globalização da economia. Isso porque surge a necessidade da elaboração de demonstrações contábeis baseadas em critérios uniformes e homogêneos, de forma que os gestores, investidores e analistas de todo o mundo possam utilizar informações transparentes, confiáveis e comparáveis, nos processos de tomadas de decisões.

Publicado Terça-feira, 13 de Outubro de 2009 - 0h00