Você está aqui

Diante do crescimento do volume de dados na rede, da tecnologia em constante renovação e da era das “fábricas inteligentes” que chega com a indústria 4.0, a empresa precisa estar preparada para qualquer ameaça à sua segurança. Para tratar desse tema, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) realizou nesta quinta-feira (28), em sua sede, o XI Seminário de Telecomunicações, reunindo especialistas para um debate na busca de soluções que movimentam o mercado, aumentam a proteção e a eficiência das corporações.


Segundo o coordenador do Conselho de Infraestutura (Coinfra) da FIERGS, Ricardo Portella Nunes, o cenário é desafiador e a transformação digital altera inclusive a maneira das empresas realizarem seus negócios. “Quanto mais interconectada for uma empresa, maior será a complexidade dos sistemas que formarão uma barreira contra espionagem industrial, hackers, vírus, que exploram as falhas e provocam danos incalculáveis em milhares de redes pelo mundo. É essencial a construção de defesas sólidas que assegurem a segurança da informação, um dos principais ativos de uma corporação”, disse.

Para o coordenador do Grupo Temático de Telecomunicações do Coinfra, Carlos Garcia, o seminário serviu para alertar o meio empresarial a respeito das fragilidades do sistema em função das novas tecnologias. “É preciso ser mais cauteloso no uso das informações”, afirmou ele, não apenas no aspecto corporativo, mas também pessoal. “A indústria pode estar preparada com segurança em todas as etapas, mas a questão é o fator humano”.

O presidente do Conselho de Administração da Altus S/A, Ricardo Felizzola, abordou o tema “Capacitação Nacional para a Implantação da Indústria 4.0”, destacando que o Brasil necessita de investimentos relevantes e a capacitação intensiva de gestores, engenheiros, analistas de sistemas e técnicos para lidar com essas novas tecnologias e não ficar mais para trás do que já está em relação a outros países. O Brasil, de acordo com ele, ainda vive a fase de transição da indústria 2.0 (linhas de montagem e energia elétrica) para a 3.0 (eletrônica e robótica), enquanto nações mais desenvolvidas já trabalham na 4.0.

O Seminário contou também com a participação de outros convidados, entre eles o oficial da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Robertson Frizero Barros, que falou sobre “Vulnerabilidades do Conhecimento Estratégico”; além dos gerente regional da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Rafael Baldo de Lima, e do coordenador de Serviços de Fiscalização da Agência, Mauricio Peroni, que trataram sobre Regulação de Telecomunicações e Segurança de Redes. O presidente do Ceitec, Paulo de Tarso Mendes Luna, apresentou o “Case do chip veicular”; e o presidente da Associação dos Provedores de Serviços e Informações da Internet (Internetsul), Luciano Franz, a “Internet Rural”..

Crédito foto: Jonathan Heckler

Publicado quinta-feira, 28 de Setembro de 2017 - 18h18