Reunir representantes da indústria, do governo e profissionais da área de Segurança e Saúde no Trabalho para trocar ideias e tirar dúvidas foi o objetivo do evento eSocial: Debate com seus criadores, realizado nesta terça-feira (7), pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-RS), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). “O número de pessoas presente mostra a importância de abordar o assunto e sua complexidade. O papel do Sesi é estar à frente de debates como esse, especialmente, em relação à saúde e segurança no trabalho, tema presente nos mais de 70 anos da instituição”, declarou o superintendente do Sesi-RS, Juliano Colombo, na abertura do encontro, que reuniu cerca de 500 pessoas.
A partir do próximo mês de julho, inicia a quarta fase de implantação do eSocial. Essa etapa é destinada a empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões e focada em disposições legais, planos, programas, laudos e treinamentos relativos à segurança e à saúde de seus trabalhadores. As três primeiras fases de envio estavam relacionadas a informações de recursos humanos, contabilidade e área jurídica. O auditor fiscal do trabalho e coordenador do Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do eSocial, José Alberto Maia, lembrou que o projeto começou no final de 2010, foi uma construção coletiva de todas as partes envolvidas e está em uma fase bem avançada de implementação. Segundo Maia, dados do Banco Mundial mostram que o Brasil é um dos países mais complicados e mais caros de se fazer negócio e as empresas gastam cerca de 2.600 horas apenas para cumprir obrigações acessórias. “Uma substituição nessas diversas obrigações, como proposto pelo eSocial, poderia reduzir esse número para 800 ou 600 horas”, calcula.