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Estado exporta apenas 1,9% de produtos com alta tecnologia

FIERGS trabalha para criação de uma lei estadual de inovação tecnológica

Dos produtos de alta tecnologia exportados pelo Brasil em 2007, o Rio Grande do Sul participou com apenas 1,9%, atingindo US$ 191 milhões. Segundo a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, essa média se mantém há 10 anos e compromete a competitividade do Estado no longo prazo. "É uma performance que não corresponde ao potencial gaúcho, que responde por mais de 8% de todas as vendas externas do país e está atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais", afirma o presidente da FIERGS, Paulo Tigre, ao divulgar os números neste domingo (10/2). "Para reverter o quadro, estamos trabalhando desde 2006, em parceria com o governo gaúcho, para criar uma lei estadual de incentivo à inovação tecnológica", salienta.

De acordo com o industrial, durante 2007 a FIERGS estudou e propôs as medidas que devem integrar a lei estadual de inovação, em reuniões de trabalho conjuntas com o governo do Estado. O texto foi finalizado em outubro passado e atualmente está em tramitação no Executivo. Entre as propostas estão a regulação das relações entre centros de pesquisa, universidades, governo e empresas; a criação de um conselho estadual de inovação; a implantação do Programa Gaúcho de Inovação, estruturado pela Agenda 2020; e a definição dos direitos de propriedade intelectual.

Para o setor industrial investir em tecnologia e se posicionar de forma estratégica no cenário externo também é necessário, segundo o presidente da FIERGS, um ambiente propício para a inovação, com investimentos em educação, infra-estrutura, pesquisa e a consolidação de regras claras para o setor. "Assim poderemos ampliar a

oferta de produtos inovadores, tanto no mercado nacional quanto no exterior. Hoje, apenas cinco itens respondem por 60% de tudo que foi embarcado com alta tecnologia pelo Rio Grande do Sul, em 2007", lamenta Tigre,

destacando que no ano passado, do total das exportações gaúchas de US$ 15 bilhões, apenas 1,27% foram de alta

tecnologia.

Publicado segunda-feira, 11 de Fevereiro de 2008 - 0h00