Você está aqui

 
O Seminário com apresentação dos projetos estratégicos dos polos de competitividade franceses Mar Bretanha – Atlântico e Mediterrâneo foi realizado nesta quinta-feira (29), pelo Comitê de Competitividade em Petróleo, Gás, Naval e Offshore (CCPGE) da FIERGS, em parceria com o Sebrae e Business France. “Acreditamos em parcerias tecnológicas, comerciais e de inovação com empresas brasileiras e, em especial, gaúchas. É um trabalho de mão dupla e de médio e longo prazo”, disse o diretor do setor de Energia da Embaixada da França, Hamza Belgourari. “O Rio Grande do Sul tem tradição em exportação e inovação, assim como possui prestigiosas universidades, pontos importantes e valorizados pelos franceses”, reforçou o cônsul honorário da França, Roner Guerra Fabril.
 
De acordo com o coordenador do CCPGE, Marcus Coester, o setor, nesse momento, está vivendo uma crise intensa no mundo e com mais amplitude no Brasil. “Por isso, a continuidade do desenvolvimento das relações internacionais é fundamental, há empresas, governos, grupos e organizações que continuam pensando a longo prazo, comprovado por esse seminário, onde um grupo de 15 empresários franceses estão buscando parceiros”, disse. Lembrou ainda a força da Petrobras nesse contexto: “Mesmo com os cortes anunciados, o programa de investimentos da companhia e das outras petroleiras com atuação no Brasil ainda tem impacto significativo e importante no cenário internacional. São ativos reais e presentes”. O Rio Grande do Sul, salientou Coester, possui um setor industrial diversificado e competente, que atua em setores de tecnologia e processos produtivos complexos. “Temos uma das indústrias mais completas no Brasil e nas Américas, com uma cadeia produtiva efetivamente consistente. O conteúdo local constitui um acelerador e um estímulo, mas não é a única razão pela qual as empresas vêm para o País. Então, para empresas que estão olhando isso no longo e médio prazo, com certeza, as indústrias gaúchas oferecem uma boa opção”, argumentou. 
 
O diretor de Desenvolvimento Econômico da Associação APL do Polo Naval, Arthur Baptista, apresentou a estrutura organizacional, os convênios e os projetos de Rio Grande. Ele abordou ainda questões de energia, serviços ambientais e atividades portuárias. “Licenciamento de parque offshore, simulador de manobras navais - que nós acabamos de ganhar uma licitação do governo -, gestão costeira e ambiental do Porto”, exemplificou Baptista sobre as novidades do Polo Naval. Outras iniciativas relatadas foram o braço robótico para soldagem, a estrutura verde com um centro de serviços, a plataforma logística para offshore, a implantação do Parque de Energia Elétrica/Eólica e o centro de pesquisa em energia renovável. “Uma novidade é a ampliação do escopo da nossa associação, que vai passar de indústria da produção naval para indústria de energia, onde nós vamos trazer as questões relacionadas à energia eólica, a termoelétrica, construção de painéis solares e afins”, disse. Segundo Baptista, o evento significa também uma oportunidade de conhecer os trabalhos já executados pelos franceses, como a organização de atividades marítimas e portuárias, além de levantar os pontos em comum com o Arranjo Produtivo Local no Estado.
 
A representante da BPI France, Amandine Karqui, trouxe para a rodada de negócios entre Brasil e França as formas de financiamento para as empresas estrangeiras. Segundo ela, há vários modelos, mas todos devem garantir um fundo internacional para a filial. Para a BPI France, analisar a capacidade financeira e a qualidade dos projetos auxilia na parceria com as pequenas e grandes empresas. 
 
O analista do Departamento de Petróleo, Gás e Indústria Naval da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), André Zenícola de Menezes, apresentou as linhas de financiamento para empresas desse setor ou que queiram iniciar atividades. Explicou que as taxas de juros são em média 6,5% ano, com períodos de carência. “Há diversas possibilidades, conforme o perfil e objetivo do negócio. Procuramos ainda apoiar os empreendedores na prospecção de mercado e aproximação com outras empresas”, explicou.
 
Ao final do evento, ocorreram rodadas de negócios entre empresas gaúchas e francesas.
 
FOTO: Dudu Leal
 
 
 
 
 
Publicado quinta-feira, 29 de Outubro de 2015 - 16h16