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FIERGS alerta que medidas do governo oneram produção e travam a economia

 
O anúncio do governo federal nesta semana de aumentar impostos, recriar a CPMF e cortar gastos foi recebido com apreensão pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). “É um pacote de alto risco, pois onera o setor produtivo numa situação de crise, ou seja, corremos a séria ameaça de a economia travar”, avalia o presidente em exercício da entidade, Cláudio Bier.  “Dos R$ 64 bilhões do ajuste pretendido, menos da metade - 40% - recaem sobre cortes do setor público; a maior parte - 60% - significa uma nova carga de custos ao setor privado”, argumenta.
 
O industrial alerta ainda que a retirada de tratamentos fiscais a segmentos, como a indústria química e a diminuição do Reintegra para os exportadores, se traduz em aumento de custos. “O governo reeleito já tinha o diagnóstico; então poderia ter feito cortes e não esperar nove meses da segunda administração consecutiva. Se esse período tivesse sido aproveitado para um corte no tamanho da máquina pública, talvez não tivéssemos o vexame do rebaixamento da nota internacional do Brasil”, pondera.
 
Em relação à indústria gaúcha, Bier destaca que a situação ficará mais difícil do que o restante do País. “Além do ajuste nacional, existe a tentativa do ajuste estadual com as mesmas características, ou seja, de sobrecarga no setor privado”, explica o presidente em exercício da FIERGS.
 
 
 
Publicado Terça-feira, 15 de Setembro de 2015 - 15h15