A Agenda de desafios do empresariado foi o tema da palestra do presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, promovida nesta segunda-feira, 26, pelo Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves.
No encontro, que reuniu 150 pessoas entre autoridades e empresários da região, Müller avaliou o Plano Brasil Maior. "Trabalhamos para auxiliar no aperfeiçoamento do Plano que é um ponto de partida e já quebrou tabus, como a instituição do reintegro, que consiste na restituição, por parte do governo, dos impostos embutidos nas exportações e na desoneração da folha de pagamento", salientou.
O presidente da FIERGS destacou também algumas das principais dificuldades do empresariado gaúcho como a redução da jornada de trabalho, os juros mais altos do mundo, a energia elétrica mais cara do Brasil e o piso do salário mínimo no Rio Grande do Sul, que "contamina as negociações sindicais elevando a massa salarial do Estado".
Sobre o tema educação, o industrial disse que o assunto é prioridade da Agenda 2020 e se mostrou preocupado com a qualidade do ensino gaúcho. "Nossa escola está ficando cada vez mais fraca e os profissionais estão chegando ao mercado de trabalho cada vez menos preparados", afirmou.
Entre as conquistas recentes, lembrou a elevação de IPI para carros importados e a implantação do Conselho da Agroindústria da FIERGS (Conagro), que contou com a presença do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, na semana passada. "Precisamos agora lutar por uma solução para o câmbio e pelo equilíbrio de preços entre os produtos nacionais e importados, este deve ser o foco do governo", avaliou. "Queremos uma economia de resultados. Temos que ter lucro para termos desenvolvimento", finalizou.
Participaram do encontro o secretário de Desenvolvimento de Bento Gonçalves, Leandro Santarosa, o presidente do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves, Henrique Tecchio, e o representante da Câmara de Vereadores do município, Neri Mazzohim.
