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FIERGS avalia impacto das novas regras de importação

Presidente da entidade tratou do assunto com ministro Miguel Jorge

A licença prévia obrigatória para as importações, que passou a ser exigida pelo governo federal desde o último dia 23, foi debatida, nesta terça-feira (27), pelo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre, juntamente com representantes de setores industriais do Brasil, com o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Miguel Jorge, na Argélia, durante a missão ao Norte da África. "O ministro explicou que elas foram necessárias, neste momento, para acertar os controles estatísticos das importações. Disse que ainda não está definido o prazo para o seu término, mas a duração deverá ser a menor possível", relatou Tigre, que está representando a Confederação Nacional da Indústria (CNI) no continente africano. Segundo ele, devido às ponderações feitas pelos setores, ficou acertado com o ministro uma nova conversa sobre o tema nesta quarta-feira.

"A medida nos surpreendeu. Ela afeta as indústrias que dependem da importação de insumos, matérias-primas, máquinas e equipamentos para produzir, gerar emprego e renda. Compromete o planejamento das empresas e os compromissos de honrar a carteira de pedidos e entregas aos seus clientes, muitos deles, inclusive, do exterior", afirmou Tigre, que também preside o Conselho Temático Permanente de Integração Internacional da CNI. "Vamos monitorar e acompanhar o impacto das novas regras junto ao setor industrial gaúcho", destacou Tigre.

Com o licenciamento prévio, o Departamento de Comércio Exterior do governo federal vai analisar cada pedido antes que seja efetivado o embarque do produto no exterior, o que poderá levar a um atraso nas importações. Os setores afetados pelas mudanças são a indústria de moagem (trigo), plásticos, borrachas, ferro e aço, obras de ferro fundido, cobre e alumínio, bens de capital, máquinas e aparelhos elétricos, têxteis, material de transporte (autopeças), automóveis e tratores, aparelhos ópticos e instrumentos cirúrgicos. O Rio Grande do Sul importa cerca de 30% dos capítulos da tarifa externa comum previstos no novo procedimento administrativo de importação.

Publicado Terça-feira, 27 de Janeiro de 2009 - 0h00