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FIERGS cobra agilidade do Governo para apoiar setores com dificuldades

O anunciado encerramento das atividades da Calçados Reichert, de Campo Bom, é um sinal de que há setores exportadores que precisam de medidas emergenciais com rapidez. Essa é a realidade que a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul está trabalhando junto às autoridades federais.

"O Governo precisa ser mais ágil na execução de medidas de apoio a setores críticos para que possam se ajustar a novas situações", disse o presidente da FIERGS, Paulo Tigre. A justificativa está no fato de que as indústrias mais atingidas pela concorrência da China e pelo baixo valor do dólar precisam de apoio emergencial na hora certa e por determinado tempo que possibilite modificar suas estratégias e suas linhas de produção.

"Se não chegar com rapidez e se o apoio não durar por um prazo razoável, podemos ter uma crise na produção industrial afetada pelo comércio internacional, seja pelo câmbio desfavorável à exportação, seja pelo ingresso de artigos importados a preços despropositados", adverte Tigre.

Conforme dados da FIERGS, as exportações de calçados do Rio Grande do Sul em reais atingiram no ano passado R$ 4,1 bilhões, ou seja, menos do que o resultado obtido em 1999, que somou R$ 4,3 bilhões. "Essa perda em reais tira o fôlego dos fabricantes voltados ao exterior", diz o presidente da FIERGS. Para ele, as medidas que foram anunciadas pelo Governo para os setores em dificuldades − como a desoneração de encargos - devem ser urgentes para não bater em mais portões fechados de fábricas no País.

Tabela mostra o problema setorial :

EXPORTAÇÃO DE CALÇADOS EM REAIS

Rio Grande do Sul

1999 - R$ 4,3 bilhões 2003 - R$ 5,9 bilhões

2000 - R$ 4,7 bilhões 2004 - R$ 5,8 bilhões

2001 - R$ 5,8 bilhões 2005 - R$4,6 bilhões

2002 - R$ 6,3 bilhões 2006 - R$ 4,1 bilhões

Fonte: FIERGS

Publicado Terça-feira, 29 de Maio de 2007 - 0h00