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FIERGS diz que governo não deve se preocupar apenas com taxa de inflação e lembra que recessão atinge 9,5% na indústria

 
"Entendemos e apoiamos a preocupação do Copom com a queda na taxa de inflação. Entretanto, a recessão já atinge a produção industrial gaúcha, com queda de 9,5% nos últimos 12 meses e, ao final de 2016, serão três anos consecutivos de queda. As empresas encontram muitas dificuldades de acessar o mercado de crédito e obter capital de giro com os atuais níveis de taxas de juros praticadas no Brasil”, disse o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao comentar, nesta quarta-feira (20), a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa Selic em 14,25% ao ano. 
 
Segundo o industrial, cabe ainda um esforço maior por parte do governo para conduzir uma política fiscal mais austera e crível. “Essa é condição necessária para que as variações nos preços sejam pontuais, ao invés de generalizadas como hoje, bem como as taxas de juros de nossa economia se aproximem daquelas de economias maduras”, ressaltou. O presidente da FIERGS observou que o cenário econômico-financeiro para a economia brasileira apresentou sinais positivos desde a última reunião do Copom, em 8 de junho. As expectativas dos agentes na melhora das condições da economia brasileira mantiveram a trajetória de crescimento e o evento do “Brexit” foi positivo para o Brasil no curto prazo, na medida em que derrubou as taxas de juros nas principais economias desenvolvidas.
 

 

Publicado quarta-feira, 20 de Julho de 2016 - 18h18