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FIERGS diz que pacotaço vai elevar ''Custo RS''

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre, levou pessoalmente à Assembléia Legislativa, nesta quinta-feira, 28, a posição dos industriais em relação ao pacote de ajuste fiscal proposto pela futura governadora Yeda Crusius. Representando os 112 Sindicatos filiados, que reúnem 41 mil fábricas em atividade no Estado e empregam diretamente 600 mil pessoas, a entidade é totalmente contrária às propostas que visam resolver os problemas da máquina pública por meio do aumento de impostos. A tese da FIERGS é de que a economia gaúcha já tem um "Custo RS"em relação aos demais estados e as novas medidas agravarão esse quadro.

No encontro com os deputados estaduais, Paulo Tigre explicou que a economia gaúcha irá perder competitividade caso as propostas do futuro Governo do Estado sejam aprovadas pela Assembléia Legislativa. Entre os argumentos do industrial está a distância geográfica dos maiores centros consumidores do País, e supridores de matérias-primas, impondo um custo adicional ao setor produtivo do Rio Grande do Sul.

''Somam-se a isto o peso da máquina estatal; as maiores alíquotas de ICMS do tarifaço de 2004; a guerra fiscal dos outros Estados com tributação favorecida a determinados setores e o não ressarcimento integral dos recursos devidos aos exportadores'', enumera o industrial.

Esse ''Custo RS'', alega Paulo Tigre, pode ser visto explicitamente quando o cidadão gaúcho paga 18% de ICMS a mais do que a média nacional. Também lembra que essa relação do ICMS per capita é extremamente desfavorável à economia privada. Segundo o presidente da FIERGS, essa realidade se traduz em menor poder de compra dos consumidores, encolhendo o mercado, e diminuindo a competitividade dos produtos gaúchos em âmbito nacional e no exterior. ''É preciso reduzir o 'Custo RS' e não elevá-lo. ''Quem pagará a conta de um estado ineficiente será, mais uma vez, o cidadão gaúcho?'', questiona.

Publicado quinta-feira, 28 de Dezembro de 2006 - 0h00