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Ao reunir as Bancadas federal e estadual do Estado em sua sede, nesta segunda-feira, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) encaminhou a pauta mínima da Agenda da Indústria Gaúcha ao Congresso Nacional e à Assembleia Legislativa. Como destaque, quatro itens principais: energia, relações do trabalho, tributação e desoneração das exportações. “O objetivo da reunião é mostrar a importância da decisão do voto do parlamentar. Cada decisão pode ajudar o desenvolvimento ou provocar a perda de parcelas da competitividade econômica do Rio Grande do Sul”, disse o presidente da FIERGS, Heitor José Müller.
 
Segundo o industrial, o Estado produz apenas 50% da energia que consome. Com isso, se vê obrigado a importar o insumo de outras regiões. “A indústria gaúcha paga a energia mais cara do Brasil. Pagamos para subsidiar outros Estados e isso tira bastante da nossa competitividade”, alertou Müller.
 
No encontro, foram colocadas as posições da FIERGS em relação a temas que influenciam diretamente o desempenho da indústria. O coordenador do Grupo Temático de Energia do Conselho de Infraestrutura (Coinfra) da entidade, Edilson Deitos, apresentou as principais demandas que envolvem este insumo e seu custo tarifário. O coordenador do Conselho de Relações do Trabalho e Previdência Social (Contrab), Paulo Vanzetto Garcia, analisou as questões trabalhistas, como as Medidas Provisórias números 664 (modifica os benefícios de pensão por morte, auxílio-doença e aposentadorias no Regime Geral de Previdência Social) e 665 (estabelece novas regras para a concessão de seguro-desemprego e abono salarial), além do PL número 4330, sobre a terceirização. A desoneração da folha de pagamentos foi debatida pelo coordenador do Conselho de Assuntos Tributários, Legais e Financeiros (Contec), Newton Battastini, enquanto o diretor da FIERGS Thômaz Nunnenkamp tratou da desoneração das exportações (Reintegra). “O encontro é absolutamente indispensável para nossos representantes entenderem qual é o universo que gira em torno da indústria. Que eles saibam onde estão os nossos maiores problemas”, afirmou Heitor José Müller.
 
O senador Lasier Martins ressaltou que o setor industrial tem de ser “prioridade” para o Estado voltar a ocupar um lugar de destaque no cenário nacional. “A indústria é o carro-chefe da economia. Tem de assumir o primeiro lugar e se desenvolver para que o resto do Rio Grande do Sul venha atrás”, observou.
 
Coordenador da Bancada Federal Gaúcha, o deputado Giovani Cherini salientou a importância do diálogo entre os setores político e empresarial em favor do desenvolvimento do Estado, e revelou que trabalha com algumas prioridades em Brasília. Uma das principais é a criação da “Bancada Sulista”, reunindo parlamentares do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Seriam 77 deputados federais e nove senadores colaborando por demandas que beneficiem a Região.
 
Já o presidente da Assembleia Legislativa, Edson Brum, falou que neste momento é importante todos estarem do mesmo lado e a favor do Rio Grande do Sul. “Precisamos de unidade em busca de soluções”, enfatizou.
 
Estiveram presentes na reunião 13 deputados federais (mais dois representantes), 10 estaduais (e dois representantes) e um senador (e dois representantes).
 
 
Legenda da foto:  Estiveram presentes na reunião, liderada pelo presidente da FIERGS, Heitor José Müller, 13 deputados federais (mais dois representantes), 10 estaduais (e dois representantes) e um senador (e dois representantes).
Crédito da Foto: Dudu Leal 
 
 
Publicado segunda-feira, 16 de Março de 2015 - 16h16