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O Rio Grande do Sul começa a aderir ao Programa Indústria Solar RS, que aos moldes do que já ocorre em Santa Catarina e Mato Grosso, oferece sistemas fotovoltaicos a serem instalados em residências e indústrias. O termo de cooperação foi assinado, nesta quarta-feira (15), pelo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry; o gerente adjunto de operações do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), André Gotler; o superintendente de operações da Engie, Rodrigo Kimura; e o gerente comercial da Weg, Kirk Douglas Bardini, as duas últimas, empresas executoras do projeto. O ato ocorreu durante o 2º Fórum de Geração Distribuída de Energia com Fontes Renováveis no RS, realizado na FIERGS.

O Programa Indústria Solar RS oferece modelos padronizados de geradores fotovoltaicos para serem instalados nas indústrias. “Com a geração distribuída, oferecemos a possibilidade ao empresário do Rio Grande do Sul de reduzir seus custos”, afirmou o coordenador do Conselho de Infraestrutura (Coinfra) da FIERGS, Ricardo Portella Nunes, ressaltando que a geração distribuída vem se disseminando na indústria brasileira, com tecnologia moderna e mais barata.

A geração distribuída de energia elétrica é realizada junto ou próxima ao próprio consumidor, e pode ocorrer a partir de fontes renováveis como eólica, fotovoltaica, biogás/biomassa e micro ou mini-hídrica. Outra de suas vantagens é a de diminuir a necessidade de linhas de transmissão e as perdas técnicas. O Programa Indústria Solar oferece modelos de geradores fotovoltaicos que variam de 2,64 kWp a 6,60 kWp de potência (para residências) e 14,52 kWp a 85,80 kWp (para indústrias). A economia média mensal prevista no primeiro ano para a indústria que instalar o modelo 4, com  potência de 85,80 kWp, é de R$ 7.433,00.

A secretária de Minas e Energia, Susana Kakuta, disse que o RS avança de forma significativa em geração distribuída, que se trata de uma grande oportunidade de negócios e um fator importante de desenvolvimento. Susana destacou que os gaúchos podem vislumbrar novas oportunidades com a produção de tecnologias para o segmento, por meio de parcerias com universidades.

Rodrigo Kimura antecipou que as soluções oferecidas pelo programa no Estado para a geração de energia própria por meio da fonte fotovoltaica são direcionadas a um público de 42 mil indústrias gaúchas. “O volume fez com que os custos projetados reduzissem de forma bastante significativa”, destacou. Em termos de geração de empregos, observou que existe um compromisso dos executores do programa em desenvolver empresas locais e profissionais gaúchos para auxiliarem na sua implantação. Segundo ele, atualmente são 36 mil unidades geradoras de energia solar no País, com uma capacidade de 340 megawatts.

Já o presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlo Evangelista, apresentou a situação atual do setor e projetou que, até 2040, 32% da matriz elétrica do Brasil será solar – atualmente é apenas 1% – e, dentro deste universo, 75% em geração distribuída.

O 2º Fórum foi realizado pela FIERGS, por meio dos Conselhos de Infraestrutura (Coinfra) e Inovação e Tecnologia (Citec), pelo Instituto Senai de Tecnologia Petróleo, Gás e Energia, Sebrae e governo do Rio Grande do Sul.

Crédito foto: Dudu Leal

Publicado quarta-feira, 15 de Agosto de 2018 - 17h17