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FIERGS se reúne com empresários no Vale do Rio Pardo

O presidente da FIERGS, Heitor José Müller, em reunião com empresários no Vale do Rio Pardo destacou o custo invisível da burocracia do País. "No Brasil é preciso 100 pessoas para apurar um imposto que nos Estados Unidos é feito por duas", disse na Alliance Onde Brasil, em Venâncio Aires. Conforme ele, este é um dos gargalos que merece atenção da sociedade. "A educação, a infraestrutura e logística, energia e até na área jurídica há lacunas que devem ser atacadas para uma maior eficácia e desenvolvimento econômico e social", salientou. Ainda em Venâncio, onde o encontro foi conduzido pelo presidente do Conselho Consultivo do Senai da cidade, Vilmar Oliveira, Müller recebeu o pedido de mais uma escola do Senai no município. Após o encontro, ele inaugurou na cidade uma Indústria do Conhecimento, em parceria com a prefeitura (veja matéria nesta edição).

Em Santa Cruz do Sul, o presidente esteve com industriais no Sinditabaco, onde fez um relato sobre o trabalho que está sendo realizado pela FIERGS. Lembrou desde a transformação do PSI e Reintegra em políticas permanentes e a luta contra as barreiras argentinas aos exportadores. O presidente da FIERGS ainda falou da questão do Sul Competitivo, do piso regional e do imposto de fronteira e ressaltou a questão energética. "O Estado importa energia quando tem a sua disposição o carvão mineral que poderia ser muito bem aproveita", disse. Com relação à economia gaúcha, Müller salientou que o crescimento do PIB se deveu mais à recuperação do que a crescimento. "O saldo positivo no trimestre não transforma a conjuntura, que é de baixa evolução. A indústria de transformação se expandiu apenas 3,9%. Portanto, a realidade setorial é bem diferente do que a generalização estatística. A recuperação da economia gaúcha está em curso, podendo levar a uma percepção de que vive uma retomada repentina e sustentada", alerta o presidente da FIERGS. Ele disse ainda que, conforme dados da própria entidade, nos últimos 10 anos o Estado cresceu, em média, um ponto percentual a menos do que o País. Avançou 28,3% entre 2003 e 2012, enquanto o Brasil, 42,1%.

O encontro, que prosseguiu no Parque da Oktoberfest, foi destacado pelo vice-presidente Regional do CIERGS, Flávio Haas. "Temos que nos preparar para enfrentar os obstáculos que aparecem", afirmou ele, que mobiliza a comunidade empresarial da região há anos.

Publicado sexta-feira, 4 de Outubro de 2013 - 0h00