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Gaúcho paga 18% a mais de ICMS do que a média nacional

Ao analisar os impactos das medidas fiscais anunciadas pelo futuro Governo, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) aponta para alguns itens que mostram as implicações sobre a competitividade da economia do Estado. Entre as preocupações da entidade está a questão tributária, que responde por 67% do total de recursos previstos pelos técnicos da equipe de Yeda Crusius. "Isso quer dizer que dois terços serão cobrados da sociedade e apenas um terço tem por base os cortes internos de despesas da máquina pública", afirma o presidente da FIERGS, Paulo Tigre. Nós já pagamos o sexto maior ICMS per capita do Brasil."Cada gaúcho paga deste tributo R$ 898,00 de imposto, ficando 18% acima da média do País, que é de R$ 760,00", relata o presidente da FIERGS.

"É preciso ressaltar ainda que o Rio Grande do Sul está deslocado dos grandes centros consumidores do País e necessita compensar essa deficiência oferecendo diferenciais para compensar setores que enfrentam a guerra fiscal e para a atração de investimentos "explica Paulo Tigre. O custo das matérias-primas e componentes, por exemplo, são bem maiores no Estado (58,5%) do que a média do setor industrial no Brasil (49,7%).

Já a proposta da elevação das alíquotas de produtos escolhidos (cervejas, perfumes, brinquedos, cigarros, refrigerantes) deve incentivar o aumento da informalidade. A FIERGS estima que somando todas as medidas, provavelmente o ganho de arrecadação do pacote será bem superior ao anunciado pela equipe de Yeda Crusius. No total, a arrecadação do Estado deve ter um incremento de receita de R$ 1,3 bilhão, muito acima dos R$ 800 milhões anunciados. Para o presidente da FIERGS, Paulo Tigre, "parece claro que o ajuste está mais concentrado pelo lado da receita do que da despesa, cujas propostas são vagas e com elevado grau de insucesso",

Publicado quarta-feira, 27 de Dezembro de 2006 - 0h00