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Indústria é contra o aumento do ICMS

Para a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), os problemas do Estado não serão resolvidos por meio do ICMS. Segundo o presidente da entidade, Paulo Tigre, "o mais grave é o fato de que em momento algum a equipe de transição do Governo Yeda Crusius dialogou com as entidades empresariais sobre a proposta do tarifaço. Essa mesma equipe estava na campanha eleitoral, quando houve a promessa pública de não elevar os impostos".

Paulo Tigre lembra ainda que, pelo trabalho da Agenda Estratégica RS 2020 e do Pacto pelo Rio Grande, todos conheciam a situação financeira do Estado. "Lamentavelmente, o discurso de campanha corre o risco de não se transferir para a prática. E no final do ano - por despreparo, deixando para a última hora -, se repete o simplismo de resolver a questão da receita pública pela carga tributária, retirando poder aquisitivo real da população e reduzindo a competitividade da economia gaúcha", afirma.

De acordo com o industrial, os custos das matérias-primas e componentes sobre as receitas líquidas de vendas da indústria já são bem maiores no Rio Grande do Sul (58,5%) do que a média no Brasil (49,7%). Além disso, de janeiro a outubro de 2006, enquanto a arrecadação de ICMS do setor industrial no Estado subiu 6%, as vendas caíram 7,20%.

Publicado quarta-feira, 20 de Dezembro de 2006 - 0h00