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Indústria do Sul mobiliza parlamentares pela logística

Com o objetivo de envolver os deputados federais e senadores dos três Estados do Sul na mobilização política em defesa de investimentos na infraestrutura de transporte, foi realizada nesta sexta-feira, em Florianópolis, uma reunião das Federações de Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paraná (FIEP) e Santa Catarina (FIESC) com parlamentares da região.

O presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa, lembrou que o envolvimento do setor público é fundamental para que as propostas que surgirão com o estudo Sul Competitivo se transformem em realidade com celeridade. "O trabalho será um importante subsídio para os governadores e parlamentares, que terão informações consistes e base técnica para definir os projetos prioritários, com base na viabilidade econômica de cada um deles. Ou seja, vamos poder escolher os projetos que efetivamente reduzem custos", disse.

O presidente da FIERGS, Heitor José Müller, destacou o impacto da deficiência logística nos custos da indústria. "Ao avaliarmos a situação da infraestrutura a pergunta que fazemos não é quais são os gargalos, mas quais não são os gargalos", disse. O consultor em logística da FIEP, Mário Stamm, complementou: "No Paraná estamos ávidos por soluções efetivas, por obras", afirmou.

O projeto Sul Competitivo vai mapear os gargalos logísticos atuais enfrentados pela região Sul, bem como suas possíveis soluções. O diferencial é a busca por propostas integradas para os três Estados, também com foco no Mercosul. O pontapé inicial do projeto foi dado há um mês, quando equipes de trabalho iniciaram as visitas técnicas para diagnosticar a situação atual. Serão identificadas as 19 principais cadeias produtivas a partir dos eixos de transportes que ligam a produção até o cliente final, tanto no Brasil quanto no exterior. São cerca de 70 produtos diferentes da origem até o destino. O estudo é um projeto conjunto das Federações com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A iniciativa vai contemplar só as obras que diminuam os custos logísticos da região. Para isso serão selecionados modais de transporte modernos (trilhos com bitolas de 1,60 metros, portos com águas profundas), que de fato trazem uma grande redução de preço do transporte. Com o trabalho em mãos, os três Estados vão buscar em conjunto recursos para as obras prioritárias e não mais individualmente.

Para tirar o Sul Competitivo do papel vão ser contempladas obras que já estão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e previstas nos orçamentos dos Estados, além da participação do setor privado.

Publicado sexta-feira, 12 de Agosto de 2011 - 0h00