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Indústria gaúcha chega ao segundo semestre com crescimento de 7,7%

Levantamento da FIERGS aponta crescimento nas vendas e compras

O segundo semestre começou com uma forte elevação na atividade da indústria gaúcha. De acordo com levantamento da FIERGS, o setor fabril cresceu 7,7% em julho, comparado ao mesmo mês de 2006. As vendas e as compras foram os principais fatores, com aumento de 13% e 7,2% respectivamente. "As variáveis ligadas à produção são as que mais impulsionaram a retomada industrial e acredito que encerraremos 2007 atingindo um crescimento de 6%. Se continuarmos com essa performance deveremos recuperar as perdas dos dois últimos anos até o início de 2009", projeta o presidente da entidade, Paulo Tigre, ao divulgar o Índice de Desempenho Industrial do Rio Grande do Sul (IDI-RS), nesta segunda-feira (3).

No acumulado do ano, de janeiro a julho, o crescimento do setor fabril ficou em 5%, enquanto o mesmo período de 2006 registrou -11% (ver gráfico abaixo). O IDI-RS dos sete primeiros meses foi influenciado principalmente pelas compras de matérias-primas (8,4%) e vendas (8,1%). As demais variáveis apresentaram os seguintes resultados positivos: pessoal ocupado (1,3%), horas trabalhadas na produção (3,1%) e Utilização da Capacidade Instalada (3,9%). Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, o início da recuperação se dá pelo aumento das exportações e do crédito, pela queda dos juros e da boa safra agrícola, além da expansão da renda e do emprego no País. O maior elemento restritivo continua sendo o câmbio.

Das indústrias pesquisadas, 69,5% elevaram suas vendas nos sete primeiros meses, sendo o melhor resultado desde janeiro de 2003. Todos os setores estão crescendo, com exceção de material eletrônico (-7,9%) e edição/impressão (-5,7%). Os desempenhos positivos são máquinas e equipamentos (17,9%), veículos automotores (12,2%) e alimentos (5,5%). "Esses resultados demonstram que a recuperação industrial está acontecendo de uma forma bastante disseminada entre as empresas e os setores", explica Tigre.

Com relação ao mercado de trabalho, a retomada é mais lenta em comparação com a produção (vendas e compras). Além disso, no caso do Estado, os setores mais empregadores vêm sendo afetados diretamente pelo câmbio. Este é o caso de móveis e couros e calçados, que ainda estão negativos em pessoal ocupado, sendo respectivamente -3,1% e -2,2%. Já os segmentos com maior contratação são máquinas e equipamentos (7,3%), veículos automotores (4,1%) e produtos de metais (2,8%). Do total de indústrias pesquisadas, 57,3% têm nível de emprego acima do ano passado.

Publicado segunda-feira, 3 de Setembro de 2007 - 0h00