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Indústria gaúcha inicia o ano em queda

A atividade industrial gaúcha iniciou o ano com queda de 2,1%. O resultado de janeiro, em comparação com dezembro, sem os efeitos sazonais, mostra a manutenção do ciclo de baixo dinamismo que caracteriza o desempenho do setor desde 2010. "A indústria segue inserida em uma conjuntura econômica pouco favorável devido aos efeitos combinados da crise mundial, do crédito restritivo e do acúmulo de estoques, que adiam a retomada da produção", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, nessa segunda-feira (12), ao avaliar o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS).

O resultado foi influenciado principalmente pelos recuos na massa salarial

(-6%) e nas horas trabalhadas na produção (-2,9), além da estagnação do Emprego (0%). Ao mesmo tempo, o faturamento e as compras de

matérias-primas tiveram atuações tímidas, com crescimentos de 0,2% e 0,5%, respectivamente. "A atividade deve ser retomada gradualmente à medida que o excesso de estoques seja eliminado e a redução dos juros e das ações de estímulo ao consumo comecem a impactar na demanda doméstica. No entanto, os problemas estruturais que determinam o alto custo de produção e o real valorizado continuarão dificultando uma recuperação mais expressiva da indústria gaúcha no curto prazo", avaliou Müller.

Na comparação anual, o cenário não é muito diferente. Em janeiro, com relação a igual mês do ano anterior, o avanço do Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) foi modesto: 0,5%. Dos 16 setores industriais pesquisados, oito apresentaram expansão, com destaque para Máquinas e Equipamentos (11,1%), Veículos Automotores (6%) e Móveis (10,9%). Já as quedas mais expressivas vieram de Couro e Calçados (-6,2%) e Químicos e Refino de Petróleo (-5,4%). A Utilização da Capacidade Instalada ficou estável em janeiro (0,2%), após sete quedas seguidas, e atingiu o grau médio de 80,8%.

Publicado segunda-feira, 12 de Março de 2012 - 0h00