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Industriais gaúchos observam piora nas condições atuais da economia

A situação da economia brasileira e gaúcha piorou nos últimos seis meses, na visão dos empreendedores gaúchos. De acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS) de agosto, elaborado pela FIERGS, o componente de condições atuais fechou com 43,8 pontos de um total de 100. Para os entrevistados, as recentes mudanças no cenário econômico − redução dos juros, desvalorização do real, incentivo ao crédito e os pacotes de apoio à indústria − ainda não conseguiram reverter as dificuldades do setor manufatureiro no Rio Grande do Sul.

Conforme o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, a piora sistemática da situação econômica tem frustrado as expectativas do setor, que espera uma melhora desde o início do ano. A baixa capacidade de competir no exterior em crise e no mercado interno em desaceleração não permite uma reação da atividade, que está estagnada há mais de dois anos, e dos investimentos, que não se recuperam por causa da grande incerteza gerada por esse cenário.

Para 50% dos pesquisados, houve um agravamento no panorama econômico do País, enquanto 42% afirmaram que as dificuldades enfrentadas permanecem inalteradas. Somente 8% perceberam uma melhora. A situação do Estado também foi considerada preocupante. A parcela de empresários com uma percepção negativa da economia gaúcha atingiu 48,2% e a positiva, 5,6%.

O levantamento mostrou também que as perspectivas para os próximos seis meses indicam que o otimismo com o futuro segue baixo. Os industriais apontaram para uma melhora gradual e lenta nos negócios e na conjuntura econômica no segundo semestre (55,9 pontos).

Elaborado mensalmente pela FIERGS, o ICEI-RS totalizou em agosto 51,9 pontos, fechando 17 meses abaixo da média histórica (56,4 pontos). O índice é baseado em questões sobre o momento atual e as expectativas futuras, variando numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 significa maior confiança e quanto mais abaixo, pessimismo. A amostra contou com 164 indústrias, sendo 37 pequenas, 61 médias e 66 grandes.

Publicado segunda-feira, 27 de Agosto de 2012 - 0h00