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Mercado colombiano é alternativa para exportações brasileiras na América do Sul

Metade das exportações brasileiras para a América do Sul tem como destino a Argentina. A Colômbia surge como alternativa para quebrar essa dependência da nação vizinha na região. Para apresentar as oportunidades de negócios, foi realizado o Seminário Mercado Foco Colômbia, uma iniciativa da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), nesta quinta-feira (29), na sede da entidade em Porto Alegre.

O coordenador da Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da agência, Marcos Lélis, divulgou dados referentes à realidade econômica daquele país, incluindo a expectativa média anual de crescimento do PIB de 4,5% entre 2010 e 2016, e o fato de ser a segunda maior população sul-americana. Hoje, os brasileiros são responsáveis por apenas 5% daquilo que os colombianos compram da região e ocupam a quarta colocação entre fornecedores mundiais − atrás de Estados Unidos, China e México. "Há espaço para incrementar essa relação, mas ainda não aproveitamos. A proximidade territorial também é um facilitador", afirma Lélis. Em 2011, o Rio Grande do Sul foi o terceiro maior exportador estadual para a Colômbia − depois de São Paulo e Paraná. As vendas externas atingiram US$ 228,5 milhões, 8,87% do total comercializado pelo Estado.

O diretor da Proexport no Brasil − entidade de promoção de exportações e atração de investimentos da Colômbia, Carlos Tríbin, informou que o Plano Nacional de Desenvolvimento 2010-2014 do presidente colombiano Juan Manuel Santos destaca como setores estratégicos para a economia local a agroindústria, infraestrutura, mineração, habitação e inovação. "A tendência de consumo é muito diversificada abrindo oportunidades para as empresas nacionais chegarem a diversos segmentos", conta. Um dos mais promissores é o de máquinas e equipamentos industriais. Informações sobre a legislação foram abordadas pelo representante do escritório de advocacia Brigard & Urrutia, José Francisco Mafla. Ele explicou que o mercado é bastante aberto. "As licenças prévias, por exemplo, são exigidas apenas em casos específicos como para produtos tóxicos e usados", relata.

No encontro, o coordenador da Unidade de Desenvolvimento de Novos Produtos da Apex Brasil, Juarez Leal, detalhou os produtos e serviços oferecidos pela agência, como Perfil País, Peiex e missões empresariais. Também foram apresentados cases das indústrias General Products e Dedini, ambas de São Paulo, que mantém relações com a Colômbia. À tarde, representantes de empresas participantes receberam atendimentos individuais.

Publicado quinta-feira, 29 de Março de 2012 - 0h00