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Para FIERGS, manutenção da taxa de juros é insuficiente para mudar cenário econômico

 
“O combate ao avanço dos preços deveria vir também da política fiscal, mas os governos apresentam muita dificuldade de controlar os seus gastos. Nos parece que só há uma saída plausível no curto prazo: o encaminhamento urgente de reformas estruturais pelo Congresso”, disse o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, nesta quarta-feira (2), ao avaliar a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa Selic em 14,25% ao ano. Os resultados das contas públicas acumulados até janeiro (-R$ 104,4 bilhões, ou -1,8% do PIB em termos de resultado primário) seguem a mostrar que a deterioração fiscal se intensificou.
 
Segundo Müller, a contínua piora no cenário macroeconômico brasileiro, em recessão desde o segundo trimestre de 2014, certamente pesou na decisão do Banco Central. “Entretanto, alertamos que os níveis de inflação continuam extremamente elevados e se acelerando, o que prejudica ainda mais o planejamento de longo prazo das empresas”, comentou.
 
Publicado quinta-feira, 3 de Março de 2016 - 9h09