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Setor industrial gaúcho leva suas prioridades a Brasília

O Rio Grande do Sul participou do Encontro Nacional da Indústria (Enai) com uma comitiva de 62 industriais, nesta terça-feira (17), em Brasília. Liderado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), o grupo levou as prioridades do setor gaúcho para integrar o documento final que será encaminhado ao governo federal e ao Congresso. Segundo o presidente da entidade, Paulo Tigre, o objetivo é comprometer os políticos candidatos em 2010 aos governos estaduais, aos legislativos e à Presidência da República com uma plataforma de questões para o desenvolvimento do setor produtivo privado, contemplando as áreas de inovação e competitividade, relações trabalhistas e sindicais, infraestrutura, meio ambiente, comércio exterior e política econômica.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, destacou na abertura do evento, que reuniu 1.500 empresários e líderes setoriais de todo o País e contou com a presença do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que o Brasil deve adotar medidas extraordinárias para proteger a sua moeda e evitar o agravamento das condições provocadas pela valorização do real diante do dólar.Segundo ele, o câmbio valorizado prejudica o desenvolvimento do setor. "A indústria brasileira não pode ser desmontada por conta de fatores conjunturais que reclamam uma atitude firme do governo", disse. Monteiro explicou que nesta quarta-feira (18), quando encerra o Enai, será emitido um documento final com as propostas do setor para ser entregue aos candidatos das eleições de 2010.

A indústria brasileira precisa ter um sistema tributário compatível com a acirrada concorrência do mercado internacional, admitiu o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no painel de abertura do Enai. "Não é fácil resolver os problemas da indústria da noite para o dia, mas temos consciência de que é preciso dar mais competitividade ao setor", disse. E prometeu: "Vamos continuar reduzindo a tributação e trabalhar em todas as frentes para que a indústria seja um dos grandes protagonistas do crescimento do Brasil nos próximos anos". Para dar continuidade aos investimentos, salientou que há um "conjunto de grandes projetos" para estimulá-los. Citou a infraestrutura, com ênfase em energia elétrica, a exploração do petróleo da camada pré-sal, logística e transportes, e projeto Minha Casa Minha Vida, entre outros. "Estamos trabalhado nessa direção, inclusive em parceria com a CNI. Ao longo de 2009, fizemos várias desonerações importantes. Ainda precisamos percorrer um caminho. Temos que dar condições para que a produção brasileira consiga uma diminuição de custos e seja mais competitiva e continuar reduzindo juros para investimentos e para a economia como um todo", concluiu.

Publicado Terça-feira, 17 de Novembro de 2009 - 0h00