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A indústria brasileira está empenhada em concluir a negociação e a implementação da agenda de diferentes acordos em discussão entre Brasil e Japão. A importância de se estreitar os laços econômicos entre os parceiros é tema dos debates da 20a Reunião Conjunta do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, em Curitiba, nesta segunda e terça-feira (28 e 29 de agosto), realizada em parceria entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a entidade empresarial japonesa Keidanren, com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP). O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry, participa do evento. Durante o painel Comércio e Investimentos ficou acordado que ambos os países irão realizar esforços para acelerar a viabilidade um acordo Mercosul-Japão.


Na abertura, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, lembrou os laços históricos entre Brasil e Japão, destacando que a cooperação com o Keidanren se iniciou em 1974. Segundo ele, a expectativa é de que o encontro contribua para novos avanços na relação bilateral, com avanços em acordos na área de comércio e de investimentos. “Queremos acreditar que, até 2019, tenhamos alcançado sucesso nas negociações do Acordo de Parceria Econômica Mercosul-Japão”, afirmou.

Na agenda bilateral de curto prazo está a implementação do Patent Prosecution Highway (PPH), assinado em março deste ano, que cria uma via expressa para análise de pedidos de patentes feitos nos escritórios de Brasil e Japão. O projeto-piloto tem duração de dois anos e está em vigor desde 1o de abril, com papel importante nas áreas de inovação e tecnologia, uma vez que o Japão é o terceiro maior solicitante de patentes no Brasil, atrás apenas de Estados Unidos e União Europeia.

O setor privado brasileiro também defende a isenção mútua de visto de curta duração para turismo e negócios entre o Brasil e o Japão. O Brasil possui isenção de vistos para 150 países e, o Japão, com 68 países, entre eles Argentina, Chile, México e Uruguai.

Em 2015, CNI e Keidanren entregaram aos governos de Brasil e Japão um modelo de acordo comercial que, na visão do setor empresarial, é o melhor caminho para aprofundar as relações econômicas entre os dois países. As entidades defendem a construção de um acordo de parceria econômica (APE) que reduza barreiras ao comércio e ao investimento bilaterais. O Japão foi destino, em 2016, de 2,5% das exportações e responsável por 2,6% das importações brasileiras. Informações: XX Reunião do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão.

Publicado segunda-feira, 28 de Agosto de 2017 - 17h17