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FIERGS debate demandas com empresários para Região Sul do Estado

Reforma tributária, desvalorização cambial, aumento da mão de obra qualificada e transformações no polo naval foram algumas das reivindicações feitas pelos industriais de Pelotas e de Rio Grande ao presidente da FIERGS, Heitor José Müller, nesta quarta-feira (11) durante encontro no Centro das Indústrias de Pelotas (Cipel). "A Região Sul preocupa-se com a indústria na forma como vem se apresentando, com condições de país de terceiro mundo e regras de primeiro mundo, que acarretam na perda de competitividade", sintetizou o presidente do Cipel, Ricardo Michelon.

"Temos na FIERGS uma pauta de assuntos extensa e complexa, desde questões de infraestrutura até as Normas Reguladoras como a NR12, referente à Segurança no Trabalho. E temos no horizonte de 2014, a Copa do Mundo e a as eleições. Temos que considerar este ano como de transição e elaborar a agenda de 2015. Logicamente as empresas privadas necessitam sobreviver até lá e não descuidaremos das questões emergenciais", avaliou Müller.

Acompanhado pelo diretor-regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS), José Zortéa; e do diretor-superintendente do Serviço Social da Indústria (Sesi-RS), Edison Lisboa; o presidente visitou as obras da futura escola do Senai, que funcionará em uma área junto ao Parque do Sesi. "Com acessos a tecnologias mais modernas, os estudantes poderão se qualificar para empregos de alto nível. Esse é o tipo de pessoas que precisamos. Não só engenheiros, mas técnicos qualificados", justificou.

Ainda em Pelotas, o presidente da entidade foi palestrante de uma reunião almoço onde destacou que uma das bandeiras da FIERGS é colocar a indústria como centro das políticas de desenvolvimento estadual e nacional. "Temos que avançar em um novo processo de reindustrialização porque não há desenvolvimento sustentado sem indústria", avaliou. "Reindustrializar não é só uma questão econômica. A indústria fixa as comunidades e reduz o êxodo populacional dos municípios, o melhor programa social de longo prazo de qualquer nação é a geração sustentada de empregos e de oportunidades empreendedoras e isso se faz fortalecendo a economia privada e criando um ambiente favorável aos negócios", completou.

O encontro teve a participação do prefeito de Pelotas, Eduardo Leite, que alertou para a existência de uma interdependência entre o setor privado e público. "O setor privado precisa que o setor público tenha agilidade em seus processos para reduzir obstáculos e oferecer condições para os investimentos que o setor privado necessita fazer. Lucro não é pecado, porque dele dependem novos investimentos que vão gerar impostos para sustentar o poder público", explicou. "O diálogo é essencial para que o desenvolvimento aconteça de forma sustentada", finalizou. A visita à Pelotas encerrou nos pavilhões da Fenadoce.

Publicado sexta-feira, 13 de Junho de 2014 - 0h00