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Geração de energia a partir do carvão mineral está mais próxima de sair do papel no Rio Grande do Sul

Um memorando de entendimento para realizar um estudo de viabilidade técnica, econômico-financeira e ambiental voltado à implantação de uma usina de gaseificação de carvão mineral, foi assinado nesta quarta-feira (7), no Palácio Piratini. Caso seja confirmada a viabilidade, o empreendimento fará parte do Eco Parque Industrial, na cidade de Candiota, na Metade Sul do Estado. O trabalho é desenvolvido pela FIERGS, por meio do Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL) e do Centro de Excelência em Tecnologias Avançadas (Ceta), do Senai-RS. O objetivo é criar um espaço empresarial onde o fator econômico seja conjugado com o ambiental, por meio da integração das várias indústrias, possibilitando a partilha de recursos, sejam matéria-prima, econômica ou ambiental.

Nos próximos 12 meses, será realizado o estudo e a expectativa é que dois anos após a conclusão do levantamento a planta entre em funcionamento. O documento foi assinado por representantes da empresa norte-americana Synthesis Energy Systems (SES), sua representante no Brasil, a Vamtec, e o governo do Estado. "Há anos a FIERGS defende a geração de energia por meio do carvão mineral, que durante muito tempo não foi utilizado por questões ambientais − hoje, superadas. A indústria é a mais prejudicada pela necessidade atual do Estado de importar mais de 70% da energia consumida, enquanto detém quase 90% das reservas do carvão mineral do Brasil", opinou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller. Ele acrescentou que essa também será uma oportunidade de gerar ICMS para o Rio Grande do Sul

Segundo o presidente da Vamtec, José Roberto Varella, o investimento médio para gerar energia é de US$ 200 milhões. Já para a produção de metanol, seriam US$ 450 milhões. A ideia, adiantou, é implantar uma operação mista, com módulos geradores de 75 MW e produção de 300 mil toneladas/ano de metanol. A proposta é aproveitar a infraestrutura já existente nas fases A e B da usina termelétrica de Candiota.

O acordo com a Synthesis Energy é a segunda parceria internacional firmada pelo Estado na área de carboquímica em uma semana. No dia 30 de abril, em Seul, na Coreia do Sul, foi assinado um memorando de entendimento com o grupo Posco, durante missão promovida pela Apex-Brasil à Ásia, que envolve a empresa gaúcha Copelmi. O estudo será para verificar a possibilidade de instalação de uma planta de gaseificação do carvão mineral em Charqueadas e Eldorado do Sul.

Publicado quarta-feira, 7 de Maio de 2014 - 0h00