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Industriais do Sul do Estado sugerem investimentos alternativos ao polo naval

A construção do aeroporto regional de Pelotas, a liberação para comercialização dos mais de 300 hectares do terreno onde funcionava a Zona de Processamento de Exportações (ZPE) em Rio Grande, a captação de investimentos de indústrias alternativas ao polo naval − incluindo bioeconomia − e profissionais qualificados nos mais diversos setores, da panificação à construção civil. Essas foram algumas das demandas apresentadas por um grupo de empresários da metade Sul do Estado, durante reunião com o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor José Müller, nesta quinta-feira, na sede do Centro das Indústrias de Pelotas (Cipel).

Müller destacou que várias dessas necessidades já fazem parte do pleito da entidade, especialmente no que diz respeito à infraestrutura e capacitação profissional. "Muitas cidades gaúchas passam por um déficit de profissionais qualificados e o Senai está trabalhando nessa questão, o problema é preencher as vagas dos cursos oferecidos", informa. O presidente do Cipel, Ricardo Michelon, ressaltou que "é importante promover essa aproximação e debater as prioridades das indústrias para encontrar soluções conjuntas".

Além de ouvir os empresários, o presidente relacionou as principais bandeiras defendidas pela FIERGS, no momento, em benefício da competitividade das indústrias do Rio Grande do Sul. Entre elas o uso do carvão como alternativa energética, pauta pela qual os três Estados do Sul se uniram. As usinas termelétricas já são responsáveis por 63% da energia gerada na China e 47% da Alemanha. Além disso, foram abordadas a modernização das leis trabalhistas, a reforma tributária e a recriação do Sudesul. Ele também reforçou a importância do Sul Competitivo, que entre tantos projetos prevê a necessidade de uma ferrovia que vem do Mato Grosso do Sul, passe por Pelotas e desemboque no Porto de Rio Grande. "Hoje, temos apenas 400 quilômetros de estradas duplicadas no Estado, as ferrovias são uma opção viável e essencial para o transporte de cargas", opinou.

O presidente da FIERGS lembrou o trabalho desenvolvido pelo Projeto de Extensão Industrial Exportadora (Peiex), parceria da FIERGS com a Apex Brasil, que contribui para as empresas intensificarem as exportações por meio da identificação de pontos fortes, e conta com uma unidade em Pelotas. Desde 2009, mais de mil empresas foram atendidas no Estado e a meta é chegar a 1,5 mil até 2014. O roteiro em Pelotas incluiu visita às obras da nova escola do Senai-RS, que está sendo construí­da na cidade para atender às necessidades da região, além de visita à Feira Nacional do Doce (Fenadoce), onde participou de reunião-almoço com lideranças políticas e empresariais.

Publicado sexta-feira, 14 de Junho de 2013 - 0h00