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FIERGS apresenta propostas à Bancada Federal Gaúcha

Para apresentar propostas e projetos que colaborem com a melhoria da competitividade industrial e, da economia gaúcha, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) realizou nesta segunda-feira (18), em sua sede, uma reunião com a Bancada Federal. Na pauta do encontro, foram analisados três temas principais: as 101 Propostas para a Modernização Trabalhista, o Projeto Sul Competitivo; e o Carvão Mineral. "Nosso propósito é o de colaborar de forma franca e aberta com propostas aos parlamentares e dialogamos para que nossa economia tenha o maior crescimento possível. Nosso partido é o ‘Partido do Desenvolvimento", afirmou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, na abertura do encontro, lembrando que esta é a quarta reunião realizada em sua gestão com a Bancada Federal Gaúcha.

O coordenador do Conselho de Relações do Trabalho e Previdência Social (Contrab) da FIERGS, César Codorniz, fez uma explanação sobre as "101 Propostas para Modernização Trabalhista", estudo realizado por algumas das principais Federações do País, incluindo a FIERGS, a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo Codorniz, o objetivo do trabalho é aumentar a competitividade. Entre as propostas elaboradas pela CNI estão a valorização e o fortalecimento da negociação coletiva, e a revogação ou a suspensão da obrigatoriedade de utilização do ponto eletrônico. Além disso, a CNI propõe a extinção do adicional de 10% sobre a multa indenizatória do FGTS nos casos de demissão sem justa causa, pois esta parcela não vai para o trabalhador. E defende a criação de incentivos para a contratação de ex-presidiários, entre outros itens.

Já o Projeto Sul Competitivo, elaborado em conjunto pelas Federações das Indústrias do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, foi resumidamente apresentado pelo coordenador do Conselho de Infraestrutura da FIERGS, Ricardo Portella. O empresário enumerou uma série de obras consideradas prioritárias para o Estado. O principal nó logístico, segundo ele, é a acessibilidade à Região Metropolitana. Entre as sugestões apresentadas estão a adequação da rodovia que liga Dois Irmãos e Porto Alegre, incluindo nesta obra também a BR-448, e a construção da segunda ponte sobre o Guaíba. Soluções a problemas relativos às malhas ferroviária e hidroviária também foram apontadas, como um novo eixo de Integração da Ferrovia Norte-Sul (trecho Sul), a recuperação do molhe leste no porto de Rio Grande e a melhoria da Hidrovia do Mercosul, incluindo a dragagem de terminais na Lagoa dos Patos.

Segundo o novo coordenador da Bancada Federal Gaúcha, Ronaldo Nogueira, a necessidade de reformular e modernizar a legislação, preservando os direitos do trabalhador e desonerando a mão de obra é fundamental. "Ele sugeriu que sindicatos patronais e de trabalhadores sentem em uma mesa conjunta, com o Congresso Nacional, para definir a reforma na legislação.

Em relação à infraestrutura, Nogueira afirmou que o Estado é responsável e precisa ser o protagonista como seu provedor da infraestrutura. "A nossa infraestrutura, tanto ferroviária quanto rodoviária, foi projetada para um desenvolvimento econômico dos anos 60 e hoje estamos no século 21. Temos condições de nos utilizar de outros modais. É necessário o governo ter a iniciativa de buscar parcerias com a iniciativa privada para corrigirmos esses gargalos. Precisamos mais tempo no planejamento e mais precisão na execução", observou.

O presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Carvão, César Faria, também fez uma apresentação sobre a situação do setor e das usinas no Brasil e no Rio Grande do Sul. Faria observou que 66% da energia utilizada no Rio Grande do Sul é importada de outras regiões. Faria observou que as existe perspectiva de se elevar a geração de energia no Estado com termelétricas a carvão, especialmente com dois projetos em Candiota e um em Cachoeira do Sul.

Publicado segunda-feira, 18 de Março de 2013 - 0h00