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Principais desafios do setor produtivo são debatidos em Santa Rosa

A simplificação tributária, o pagamento dos créditos aos exportadores, a modernização da legislação trabalhista, o fim da burocracia em todos os níveis de governo e o equilíbrio das contas públicas estão entre as principais questões que preocupam o setor produtivo gaúcho. O tema foi abordado pelo presidente do Sistema FIERGS, Heitor José Müller, na última edição do ano do Almoço de Ideias, realizado na quinta-feira (8) pela Associação Comercial, Industrial, Serviços e Agropecuária de Santa Rosa (Acisap). Na sua palestra "A Agenda de Desafios do Empresariado", o industrial disse ainda ser necessária uma nova equação cambial e a extinção do piso salarial regional.

Müller destacou também os pontos da pauta que nortearão a FIERGS e o CIERGS durante a sua gestão. "Queremos atingir quatro objetivos muito claros: ampliação de mercados para as indústrias estabelecidas no Rio Grande do Sul, o aumento da atratividade da economia gaúcha para novos investimentos, a promoção da competitividade do setor industrial e o trabalho incessante pelas mudanças estruturais no ambiente econômico e social rio-grandense e brasileiro", salientou ele, lembrando que Estado possui apenas 400 quilômetros de estradas duplicadas.

Durante a palestra, ocorrida na sede da AABB na cidade de Santa Rosa, Heitor José Müller citou algumas ações concretas realizadas pelo Sistema FIERGS na busca por melhorias do ambiente externo às empresas. "Recentemente, o Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul lançou a Câmara de Arbitragem, Medição e Conciliação, que tem o sentido de promover a harmonia nas relações empresariais. A arbitragem é uma alternativa moderna e ágil para a solução de problemas", afirmou. O presidente manifestou o apoio da entidade à Agenda 2020, que segundo ele, "vem fazendo o mapa estratégico estadual, sempre olhando para o nosso futuro", e reforçou a importância do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Social da Indústria (Sesi) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL) nas atividades operacionais e de auxílio à indústria, como na educação, preparação e qualificação profissional.

Por fim, o dirigente alertou para a necessidade de o governo tomar atitudes para estabelecer uma competitividade crescente às empresas nacionais. Essa obrigação, segundo Müller, se faz mais presente depois dos últimos resultados do crescimento do PIB brasileiro: "A estimativa para o final do ano não é mais de uma expansão de 3,8%, que já seria baixa, mas de 3,2%. Não paramos de crescer, mas estamos perdendo o fôlego nessa corrida". Pregou uma defesa comercial que tenha como prioridade a rígida reciprocidade de tratamento com aqueles que pretendem aproveitar o mercado interno brasileiro. "É necessário defender o nosso parque empresarial para que seja capaz de manter o desempenho atual e, passada a turbulência, ativar com vigor e rapidamente o ritmo da economia nacional", concluiu.

Estiveram presentes à palestra o prefeito da cidade, Orlando Desconsi; o presidente da Acisap, Pedro Paulo Barili; e o vice-presidente regional do CIERGS, Valdir Carpenedo, entre outros convidados. A programação de Heitor José Müller em Santa Rosa incluiu também uma reunião com dirigentes da Acisap e lideranças empresariais locais, quando foram discutidas as necessidades setoriais da região e apresentados os serviços do Sesi-RS, Senai-RS e IEL-RS. À tarde, Müller visitou a Escola de Educação Profissional Senai e o Centro de Atividades do Sesi Virgílio Lunardi.

Publicado quinta-feira, 8 de Dezembro de 2011 - 0h00