Encantamento e magia. Assim pode ser definida a Mostra Sesi Bonecos do Rio Grande, realizada domingo, Dia do Trabalho, das 10h às 18h, no estacionamento da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. Aberto à comunidade, o evento levou cerca de 4 mil pessoas que aproveitaram para assistir às apresentações das peças, das miniaturas, exposição de bonecos e oficinas. O público ainda podia ganhar uma foto manipulando um personagem.
"Isso aqui é magia", disse Marilene Vieira, que levou dois filhos para assistir Bonecrônicas e levou uma foto para casa. "Tudo é muito legal", afirmou o filho João Pedro. As crianças tiravam fotos com os personagens e longas filas se formaram para retirá-las e para ver as Caixinhas e o Circo Minimal. "Achei bonito, gostei", comentou Rafael de Souza, de 8 anos, ao sair das Caixinhas.
A iniciativa do Sesi promove o lazer cultural através de uma linguagem lúdica, por meio de uma expressão artística que atinge tanto a criança como o adulto. "Em outra dimensão trabalhamos com a visão integral da pessoa. A promoção e o acesso à cultura proporciona o desenvolvimento do intelecto, o bem estar e a sua inclusão, como cidadão, na sociedade", disse o superintendente regional do Sesi, Edison Lisboa. A mostra também lançou o Festival Sesi Bonecos do Rio Grande que será realizado em outubro em 25 cidades do Estado, com apresentações em empresas e Centros de Atividades do Sesi.
Os espetáculos apresentados foram:
Rapunzel (Pregando Peça) - Rapunzel conta a história de um casal que após anos de tentativas consegue ter um filho, uma menina. Porém, no período da gravidez a mãe sente desejos de comer romãs e cobiça as exóticas frutas do quintal da vizinha, a feiticeira mais assustadora do mundo. O marido sensibilizado com a situação da esposa decide pegar algumas romãs e é surpreendido pela bruxa malvada. Para que a feiticeira não os transforme em ratos, o casal aceita entregar a filha recém nascida aos seus cuidados. A bruxa dá o nome de Rapunzel à menina e no ano que ela completa doze anos a prende numa torre na floresta para protegê-la das maldades do mundo.
Flicts (Camaleão) - Flicts é uma cor muito rara e muito triste que procura persistentemente um lugar para colorir. Em sua busca ele passa pelas flores da primavera, pela caixa de lápis de cor, pelo arco-íris e viaja pelo mundo, visitando vários países, sempre procurando um cantinho para se espalhar. Finalmente, Flicts encontra um lugar todinho seu. Com uma simples e brilhante alegoria, o autor consegue desenvolver uma história que trata, acima de tudo, da discriminação.
Bonecrônicas (Anima Sonhos) − Criado para comemorar os dez anos do grupo, o espetáculo é composto de esquetes. São pequenas piadas e números musicais inspirados em cartuns, histórias em quadrinhos, piadas de circo, desenhos animados e longas conversas com grandes mestres do teatro de bonecos.
Encantadores de Histórias (Caixa do Elefante) - Neste espetáculo, dois contadores, cantadores de histórias, recriam os ambientes fictícios e os personagens dos contos de Hans Christian Andersen, numa adaptação original que versifica suas narrativas, aproximando-as de uma identidade brasileira, aludindo ao contador popular, ao cordelista e ao trovador. As histórias apresentadas utilizam músicas especialmente compostas para o espetáculo com músicas que pontuam as cenas. Eles contam:
O soldadinho de chumbo - Em meio aos brinquedos de um menino, um valente soldadinho de chumbo perneta enfrenta inúmeras aventuras, movido pelo incondicional amor a uma pequena bailarina de papel.
Tudo está bem quando acaba bem - Casal de velhos campesinos decide trocar seu cavalo, em uma feira na cidade, por algo que mais lhes valha. No caminho, o velho depara-se com outros camponeses, um cobrador de impostos e apostadores, com os quais barganha, buscando sempre obter vantagem.
