O presidente da FIERGS, Paulo Tigre, se reuniu no início da noite de quinta-feira (17) com o presidente da Assembleia Legislativa, Adão Vilaverde. Na pauta, questões envolvendo aspectos gerais da produção industrial do Estado, entre elas, o salário mínimo regional, que deve ir à votação no parlamento na próxima semana.
Tigre explicou a Vilaverde que o reajuste proposto pelo Executivo (11,6%) vai aumentar as desigualdades já existentes no Rio Grande do Sul, além de ameaçar as negociações coletivas de categorias organizadas, cujos dissídios têm ficado acima da inflação."Em todos os Estados em que o mínimo regional foi implantado, não houve acréscimo de emprego e tornou-se uma ameaça à competitividade de vários setores da economia. No caso da indústria do Rio Grande do Sul, que já sofre com a guerra fiscal, câmbio, entre outras dificuldades, a medida é muito preocupante", disse Tigre.
O presidente da Assembleia disse que vai levar as ponderações do setor industrial ao encontro de líderes, que acontece na próxima semana, porém ressaltou que em conversas já realizadas com representantes dos trabalhadores e de outros segmentos empresariais, além de reuniões internas do parlamento, a proposta do governo tende a ser aprovada. "O que pude adiantar ao presidente da entidade é que dificilmente a Casa irá aprovar um índice menor do proposto", finalizou.
