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Para FIERGS, salário regional prejudica geração de empregos no RS

A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) alerta que o impacto do salário gaúcho eleva os custos da economia diante de outros Estados, que não têm o piso regional, ocasionando um forte e negativo desequilíbrio competitivo. Assim, conforme Paulo Tigre, presidente da entidade, mais produtos de outras regiões vão entrar no mercado local, afetando negativamente todas as atividades e desestimulando a geração de postos de trabalho. "Vamos acabar criando empregos onde não há esse piso estadual superior ao salário mínimo nacional", afirmou.

De acordo com o industrial, o salário regional causa distorções nas negociações coletivas, pois está isolado das realidades setoriais. "O melhor seria extinguir esta prática. Mas, como ela persiste, então o reajuste deveria ser zero. Temos a expectativa de que a Assembleia Legislativa analise a proposta com bom senso", disse Tigre, ao avaliar que o projeto de aumento de 6,9% encaminhado pelo governo estadual ao Legislativo gaúcho, inclusive, é superior ao índice concedido para o funcionalismo público.

A cada ano, lembrou Tigre, a FIERGS tem reiterado que a base salarial do trabalhador brasileiro deve ser definida pelo Salário Mínimo Nacional e os salários das diversas categorias econômicas devem ser discutidos nos foros legitimamente reconhecidos, ou seja, no âmbito das negociações coletivas, que são realizadas entre os sindicatos de trabalhadores e empregadores de cada segmento industrial.

Publicado Terça-feira, 18 de Maio de 2010 - 0h00