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Manutenção da taxa de juros não surpreende FIERGS

Presidente da entidade, Paulo Tigre, afirma que inflação pode ser controlada com redução do gasto público e investimentos na produção

A manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 11,25%, não surpreendeu a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central foi tomada nesta quarta-feira (5), em Brasília. "Já esperávamos que fosse mantida. No momento, o cenário internacional é incerto e as pressões de demanda interna são latentes para o médio prazo. No entanto, nesse contexto, o governo precisa utilizar outras ferramentas para evitar a inflação, começando por reduzir o gasto público", afirmou o presidente da entidade, Paulo Tigre.

De acordo com o industrial, "se o mercado interno aquecido é o problema, a solução precisa vir pelo lado da oferta, através de linhas de crédito específicas para financiar a produção no país". Ele destaca que mesmo com aumento das importações, a Utilização da Capacidade Instalada no Brasil beira a níveis históricos. Em setores como de metalurgia básica, a UCI já é de 90,5%. "Esperamos que a partir do segundo trimestre de 2008, a Selic retome sua trajetória de queda", salientou o presidente da FIERGS.

A próxima reunião do Copom será nos dias 22 e 23 de janeiro de 2008.

Publicado quarta-feira, 5 de Dezembro de 2007 - 0h00