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Mercosul: não há integração política sem integração física, diz Tigre

A integração física é um elemento fundamental da integração regional, uma vez que a redução das barreiras por si só não é suficiente para o aumento do fluxo de comércio. É necessário que haja boas condições de infra-estrutura para que os produtos sejam transportados a baixos custos, garantindo a competitividade e aumentado o valor agregado do bloco. A conclusão é do presidente da FIERGS, Paulo Tigre, no seminário A União Européia e o Mercosul: Contribuição das Instituições da Sociedade Civil para o Desenvolvimento Nacional e Regional, realizado nesta quarta-feira (18) no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), em Brasília.

Paulo Tigre, que falou sobre Integração da infra-estrutura no Mercosul e na União Européia: Reforço da Coesão Econômica e Social, salientou que o Bloco deve adotar medidas que possam facilitar o processo de integração, como melhoria em trechos rodoviários, ações de fronteira, inclusão digital, dragagem em portos, e principalmente, "uma matriz energética confiável e de cooperação entre países, buscando um desenvolvimento sustentável que contemple aspectos sociais, culturais e econômicos para todos".

O presidente da FIERGS salientou que o Mercosul ainda possui um difícil caminho até poder atingir seu pleno potencial. "A Nova Agenda de Integração deve reconhecer a necessidade de ampliar a infra-estrutura para aumentar a competitividade do Bloco e prover condições adequadas para o aprofundamento dos acordos bilaterais, em especial com a União Européia", disse ele. Conforme o dirigente, independente da velocidade dos avanços do fortalecimento do Mercosul e do andamento das negociações, "é indispensável que a voz da iniciativa privada e das indústrias seja ouvida e que haja a participação na tomada das decisões proporcionando profundas reflexões sobre o melhor caminho para se atingir os resultados em termos de políticas de infra-estrutura de integração, de Coesão Social, assim como o equilíbrio ambiental e dos cidadãos dos países membros", afirmou.

Publicado quarta-feira, 18 de Julho de 2007 - 0h00