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O VOTO DA RAZÃO

Os resultados das urnas do último dia sete revelaram o que muitas vezes passa despercebido pela maioria das pessoas : os ditos avanços no comportamento social nem sempre são aceitos como fatos inquestionáveis.

Os princípios básicos do cidadão, como a honestidade e a valorização da família tradicional,  ecoaram mais alto, e os votos devem ser interpretados como uma aposta em novos candidatos que  não têm a sua imagem ligada ao discurso midiático de modernismo dos costumes. 

Por isto, os índices de renovação nos legislativos foram os maiores da democracia brasileira. A ampliação do número de Bancadas, bem como de seus integrantes, se deu através de partidos caracterizados como de centro-direita, de acordo com as análises de cientistas políticos.

A escolha racional, que se viu no Primeiro Turno, se opõe ao impulso fácil de aderir aos modismos. Precisamos estar preparados para criticar as fantásticas tendências que surgem, a todo instante, como verdades consolidadas, numa disputa para ver quem é o mais avançado na aceitação de comportamentos fora dos padrões socialmente aceitos.

Esse mesmo voto da razão deverá se repetir agora no Segundo Turno. A população é majoritariamente defensora dos bons costumes, assim como  seus integrantes da denominada periferia,  que são até mais conservadores. Isto não aparece nas pesquisas, porque a massa é silenciosa. Mas, nas urnas, o silêncio é rompido.

O que temos pela frente, para a Presidência da República, são duas propostas tão antagônicas que o modelo de cada um precisa ser conhecido.  Talvez seja um tempo considerado pequeno até o próximo dia 28 , mas será muito bom ler os Planos de Governo dos dois candidatos. 

No caso do Rio Grande do Sul, valem os mesmos conceitos. O índice de renovação na Assembleia Legislativa quase chegou a 51%. Os dados comprovam um fato importante :  houve coerência do povo com seus juízos de valor.

São lições que as urnas nos propiciaram e que devem ser úteis para o posicionamento dos eleitores nessa segunda etapa de escolha para os Governos federal e estadual. Ou seja: o voto da razão mais uma vez deverá se impor.

Gilberto Porcello Petry, presidente da FIERGS

Publicado quinta-feira, 18 de Outubro de 2018 - 0h00