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"Não basta votar, teremos que monitorar os que forem eleitos"

"Afinal, o político pode alterar as suas atitudes ao longo do mandato. Cumpre fazer o acompanhamento do desempenho daqueles que ajudamos a eleger com as nossas escolhas"

As exigências dos eleitores que irão às urnas no próximo domingo certamente não são as mesmas de quatro anos atrás. Vários fatos políticos, alguns até na área criminal, aconteceram no Brasil nesse período, elevando a consciência dos cidadãos e o nível de requisitos que se pretende dos candidatos.

Aquele que for eleito para presidir o Brasil, além das qualidades pessoais e de sua trajetória ética, terá a responsabilidade indesviável  de ser o guardião da democracia política e econômica a fim de garantir o futuro da Nação.

Não há mais espaço para o populismo e  planos de perpetuação no poder. A transparência total dos atos de governo, a liberdade de expressão individual e de imprensa,  e a independência do Judiciário são os pilares da evolução que a sociedade brasileira deseja e merece.

Aos eleitores, também caberá uma responsabilidade maior. Não basta votar, teremos que monitorar os que forem eleitos.  Afinal, o político  pode alterar as suas atitudes ao longo do mandato. Cumpre fazer o acompanhamento do desempenho daqueles que ajudamos a eleger com  as nossas escolhas.

Portanto, quando o destino do País está em jogo, nada melhor do que refletir sobre a nossa obrigação de cidadãos. Além do ato de digitar os números escolhidos na urna eletrônica, teremos que ser vigilantes da democracia e da honestidade de seus executores.

Esse monitoramento responderá várias questões. Aquelas cativantes propostas de campanha são viáveis ou apenas oratória eleitoreira? Têm suporte na realidade ou não passam de ficção marqueteira ?

Os eleitos, a começar pelo presidente da República,  são renováveis a cada quatro anos, ou oito anos, no caso do Senado. A democracia oferece a oportunidade desse periódico teste de qualidade dos políticos. Mas, talvez seja a hora de o eleitor se esforçar agora e não mais perder o tempo precioso de um mandato esperando reavaliar as suas escolhas.

Gilberto Porcello Petry, presidente da FIERGS, em artigo publicado hoje no GaúchaZH

Publicado quinta-feira, 4 de Outubro de 2018 - 15h15