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Com o índice de produção em 61,8 pontos no mês de agosto (foi de 61,3 em julho), o emprego em crescimento e os estoques abaixo do planejado pelas empresas, a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada nessa segunda-feira (28) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), mostra que a recuperação do setor no RS continua. Foi a terceira expansão consecutiva da produção, intensa e disseminada, e bem acima da linha mínima dos 50 pontos, embora amparada por uma base de comparação bastante baixa em julho. “A melhora do cenário no País após as medidas de flexibilização impulsiona o otimismo dos empresários e sustenta a recuperação da intenção de investir. Porém, precisamos lembrar que o nível de atividade permanece abaixo do período pré-crise”, diz o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.

O emprego subiu pelo segundo mês consecutivo. O índice do número de empregados pulou de 52,3, em julho, para 55,9 pontos, em agosto. Acima dos 50, os valores revelam crescimento em relação ao mês anterior, sendo que, em agosto, ele foi mais intenso. Outro fator a apontar que, aos poucos, a indústria gaúcha começa a se recuperar, está na ociosidade:  diminuiu em agosto e se aproximou do nível observado antes da pandemia. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) aumentou para 70%, contra 67% de  julho, ficando apenas um ponto percentual abaixo da média histórica do mês. Da mesma forma, o índice de UCI em relação à usual registrou 49,9 pontos.  Muito próximo de 50 revela, na avaliação dos empresários gaúchos, a UCI no nível usual para o período, o que não ocorria desde abril de 2013.

O índice de estoques de produtos finais em relação ao planejado também reagiu positivamente em agosto. Registrou 43,2 pontos, o menor valor da série iniciada em janeiro de 2010. Abaixo de 50, significa que, apesar da forte recuperação da produção, os estoques nunca estiveram tão abaixo do planejado pelas empresas.

EXPECTATIVAS
Na pesquisa realizada entre 1º e 14 de setembro, todos os indicadores de expectativas, acima dos 50 pontos desde julho, seguiram em alta. A demanda, com 66,3 pontos, mostrou uma expectativa de crescimento disseminada para os próximos seis meses entre os empresários, que também esperam o aumento das exportações (57,6 pontos). Com a previsão de maior demanda, as empresas reajustaram para cima as projeções de emprego (57,4 pontos) e de compras de matérias-primas (65,3).

Mais de 60% dos empresários consultados em setembro informaram ter pretensão de investir nos próximos seis meses. O índice de intenção de investimentos registrou 55,1 pontos, 4,6 acima do mês anterior, 24,9 superior a abril passado, quando o piso da série foi atingido, e 6,2 acima da média histórica.

Para a realização da pesquisa, foram consultadas 203 empresas, sendo 41 pequenas, 60 médias e 102 grandes. Mais informações e o resultado completo são encontradas aqui.

Publicado segunda-feira, 28 de Setembro de 2020 - 16h16