O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, destacou em encontro na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), nessa quinta-feira (19), a relação madura do seu país com o Brasil, mas que há espaço para ampliar o lastro econômico e de desenvolvimento entre as duas nações. Chapman disse ser necessário fazer vingar um acordo comercial, desafio, segundo ele, lançado em março durante visita de Jair Bolsonaro a Donald Trump, viagem que em sua comitiva contou com a presença do presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, para participar do Seminário Empresarial Brasil-Estados Unidos, na Flórida . “Precisamos apoio do setor privado brasileiro, formar uma relação benéfica para os dois lados”, afirmou o embaixador. No mês passado, ocorreu a assinatura do acordo bilateral de facilitação de comércio, boas práticas comerciais e combate à corrupção entre os dois países.
De acordo com Todd Chapman, produtos industrializados, por seu valor agregado, criam três vezes mais empregos do que commodities. “Queremos uma relação diferente, com expansão de comércio e de investimentos. Vamos trabalhar juntos”, salientou, reafirmando satisfação ao ver o interesse de tantas empresas gaúchas em investir nos EUA. Ele sugeriu a realização de um seminário, até janeiro de 2021, para esclarecer a empresas do RS todo o processo exigido para a implantação de unidades em seu país.
Já o presidente da FIERGS afirmou que o Rio Grande do Sul, por ser um estado de fronteira, tem historicamente uma visão sempre além dos limites geográficos, e por isso a entidade tem sido protagonista na inserção internacional das indústrias estabelecidas em território rio-grandense. “Há muitos outros fatos que nos unem aos Estados Unidos. Por exemplo: quase 99% das exportações gaúchas para o país foram de produtos manufaturados no período de janeiro a outubro do corrente ano. No mês passado, também houve a assinatura do acordo bilateral de facilitação de comércio e boas práticas comerciais”, lembrou Gilberto Porcello Petry, ressaltando acreditar na continuidade de parcerias econômicas e comerciais “históricas que o Brasil e o Rio Grande do Sul mantêm com o mercado norte-americano”.