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O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS), divulgado nessa quinta-feira (18) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), atingiu 57,5 pontos em novembro, o menor nível desde março de 2021, quando foi de 54,1. O recuo de 2,6 pontos significou o terceiro mês consecutivo de queda, totalizando 7,4 de retração no período. Mesmo caindo, o ICEI-RS ainda indica otimismo no setor, pois como varia de zero a cem pontos, a marca de 50 divide a presença de confiança (acima) da falta dela (abaixo). A expectativa positiva persiste, mas ficou menor e menos disseminada entre os empresários.

O Índice de Condições Atuais recuou de 56,2, em outubro, para 53 pontos, em novembro. Ainda acima dos 50, denota melhora, entretanto, só percebida nas empresas, subcomponente que marcou 56,3 pontos em novembro, 2,3 a menos do que em outubro. Já o Índice de Condições Atuais da Economia Brasileira caiu de 51,3 para 46,2 no período. Abaixo dos 50 pontos, volta a indicar piora após cinco meses seguidos de melhora. Em novembro, 23,3% das empresas (eram 33,3% em outubro) percebem evolução nas condições da economia. Percentual, porém, superado pelo das que detectam piora: subiu de 26,4%, no mês passado, para 37,2%.

As perspectivas da indústria gaúcha para os próximos seis meses ficaram menos otimistas. O Índice de Expectativas caiu pelo terceiro mês, de 62,1, em outubro, para 59,8 pontos, em novembro. O resultado mostra que o otimismo, apesar de menor, ainda prevalece. O Índice de Expectativas da Economia Brasileira recuou de 57,1 para 54,4 pontos no período, o menor valor desde março. Em novembro, 36,6% das empresas veem com otimismo o futuro da economia brasileira, mas eram 40,3%, em outubro. Ao mesmo tempo, 19,3% acreditam em uma piora, elevação superior a sete pontos, pois era de 12% em outubro. Da mesma forma, o Índice de Expectativas das Empresas revela menor otimismo, com a redução de 64,7 para 62,6 pontos no período.

INCERTEZAS
Segundo a pesquisa da FIERGS, a tendência negativa da confiança nos últimos meses retrata a percepção dos empresários em relação à deterioração gradual e à maior incerteza do cenário econômico. Isso se dá por conta da aceleração do ciclo de alta dos juros e da inflação, além da volatilidade da taxa de câmbio. O risco fiscal e a pressão de custos provocada pelos aumentos nos preços dos insumos e matérias-primas, da energia elétrica e dos combustíveis, também contribuem para este sentimento.

Apesar de menor, o otimismo segue ancorado na perspectiva do retorno completo das atividades econômicas e da redução nas dificuldades na cadeia de suprimentos. Sinal de uma evolução ainda positiva, apesar de mais modesta, da atividade industrial gaúcha nos próximos meses.

O levantamento da FIERGS foi realizado de 3 a 12 de novembro, com 224 empresas, sendo 43 pequenas, 74 médias e 107 grandes. Mais informações e série completa aqui..

Publicado quinta-feira, 18 de Novembro de 2021 - 16h16