Foram mais de cem empresas brasileiras do setor de alimentos em Paris. Destas, 20% eram ligadas à área de produtos orgânicos e/ou sustentáveis. Em 2021, o mercado de orgânicos brasileiro teve crescimento de 12%, com vendas de R$ 6,5 bilhões. No ano anterior, o setor se expandiu 30% na comparação com 2019, com faturamento de R$ 5,8 bilhões.
Segundo Petry, a imensa variedade de alternativas alimentares exigirá mais capacidade produtiva das indústrias e abrirá mais vagas qualificadas que serão difíceis de preencher. “O investimento financeiro e metodológico da educação profissional deverá ficar atento para acompanhar esse ritmo e ajudar a diminuir essa lacuna. A falta de profissionais qualificados é assunto mundial”, ressalta. “A cultura de produtos saudáveis exigirá revisão dos processos logísticos de maneira a encurtar o tempo entre colheita e disponibilidade ao cliente, e a automação será presença em diversos pontos da cadeia, incluindo cozinhas robotizada, entregas por robôs e drones”, finaliza.
De acordo com dados do Panorama Comercial Brasileiro, desenvolvido pelo Centro Internacional de Negócios (CIN-RS) da FIERGS, o Rio Grande do Sul vem aumentando as exportações de produtos manufaturados e semimanufaturados de alimentos e bebidas. No primeiro semestre de 2022, as exportações destes setores estão em um alto superávit de US$ 650,9 milhões, comparado aos de primeiro semestre dos anos de 2021 (US$ 293,6 milhões), 2020 (US$ 162,3 milhões) e 2019 (US$ 120,2 milhões). No Brasil, o setor alimentício é o maior empregador industrial, com mais de 1,6 milhão de trabalhadores em 45 mil empresas.
PRÊMIO INOVAÇÃO
A medalha de ouro no Sial Innovation foi para a IO’Dés, produto que é uma alga em cubos, que acabou premiado por causa de sua praticidade e valor nutritivo. Os donos da ideia são da empresa francesa Zalg, que congelam os cubos para serem fritos, ficando com textura crocante depois de prontos.