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Tratado UE-Mercosul é tema de painel do 39º EEBA

O 39º Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2023 (EEBA), realizado no Minascentro, em Belo Horizonte, abriu na manhã desta segunda-feira com o painel “Diálogo Ministerial com o Setor Privado sobre a Cooperação Teuto-brasileira”. Moderado pela jornalista Renata Agostini, teve o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, Geraldo Alckmin, como um dos debatedores. O presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, está em Minas Gerais acompanhando o EEBA (na foto, ao lado do diretor presidente da BSBios, de Passo Fundo, Erasmo Carlos Battistella, que participou do painel Transição Energética).

Geraldo Alckmin destacou a importância da Reforma Tributária para a atração e manutenção de negócios no País. “Precisamos agir nas causas dos problemas e termos uma agenda que melhore a competitividade brasileira” disse, pontuando que o modelo do sistema tributário brasileiro é complexo, difícil de ser operacionalizado e onera as empresas. “O Senado, a Câmara e o governo federal estão empenhados para que a Reforma Tributária seja emplacada”. Segundo o vice-presidente, a reforma irá simplificar os processos trazendo como consequência o aumento da exportação, a atração e manutenção de investimentos, além de promover mais eficiência econômica. 

O vice-chanceler e ministro federal de Assuntos Econômicos e Ação Climática da Alemanha, Robert Habeck, abordou o acordo de livre-comércio União Europeia-Mercosul, que começou a ser negociado há 24 anos. “Trata-se da regulamentação dos impostos de produtos que o Brasil poderá exportar ao longo dos próximos anos, como pêssegos e carne de frango, dentre outros. Para isso, o documento tem artigos específicos”, esclareceu, pontuando que o atual governo brasileiro prioriza a proteção das florestas e da produção sustentável, que é um dos aspectos do acordo.

"A importância do Brasil para a Alemanha deveria se refletir nos números comerciais. Um grande avanço para uma maior cooperação seria a rápida entrada em vigor do acordo UE-Mercosul", afirmou o presidente da Federação das Indústrias Alemãs (BDI), Siegfried Russwurm. “É necessária a conclusão deste tratado para que possamos trabalhar juntos e de maneira mais eficiente”. 

Para a CEO em exercício da Bayer Brasil e co-presidente da Comissão Mista de Cooperação Econômica Brasil-Alemanha, Erica Barbagalo, o acordo UE-Mercosul é um instrumento fundamental de desoneração entre os dois países. Isso irá promover mais segurança jurídica e viabilizar novos negócios das empresas que já operam na Alemanha e para as alemãs que queiram atuar em território brasileiro.

O  39º Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2023 termina nesta terça-feira (14). A organização é da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Federação das Indústrias Alemãs (BDI).

Publicado segunda-feira, 13 de Março de 2023 - 17h17