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O distanciamento social levou para a casa dos alunos e docentes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) linguagens que eles já vinham utilizando em aula. A Metodologia Senai de Educação Profissional preconiza, entre outros princípios norteadores, o incentivo ao uso de tecnologias educacionais. “As diferenças entre educação presencial e à distância vão diminuir. A presencial, com todas as tecnologias que temos à disposição, fica cada vez mais virtual, e a dita à distância, por meio destas mesmas tecnologias, fica cada vez mais interativa. Em outras palavras, o conceito de presença e de distância assumem outros contornos”, explica o gerente de Desenvolvimento Educacional, Claiton Costa. O Ambiente Virtual Sapien tem sido largamente utilizado como uma ferramenta diária de trabalho de alunos e docentes. É por meio dele que docentes planejam e realizam suas atividades, elaboram e compartilham recursos didáticos, criam questões, miniaulas, geram relatórios, criam comunidades, fazem chats, fóruns, webconferences, entre outros recursos. “O  Sapien vem se apresentando como a grande ferramenta para dar suporte a todos os docentes no desafio que é propor atividades não presenciais a alunos das diversas modalidades”, conta Costa. O Sapien está registrando diariamente uma média de 30 mil acessos. Estão sendo atendidos 18,5 mil alunos com o envolvimento de 25 gestores, 34 coordenadores pedagógicos, quase 500 docentes em aproximadamente 60 unidades do Senai.  

Mateus Bersch, aluno em Aprendizagem Industrial do curso de Eletricista de Manutenção do Senai Lajeado, explica que além do ambiente virtual há vídeoaulas propostas pelos docentes. “É como se estivéssemos em sala de aula. Não há perda de conteúdo e as vídeoaulas são bem fáceis de compreender”, afirma. Mateus, de 17 anos, reitera que a turma ainda está na parte teórica e a prática poderá ser vista na volta ao Senai. “Tenho certeza disto, pois é meu segundo curso no Senai”, comenta.

Tainá dos Santos, do curso de Assistente Administrativo, do Senai Igrejinha, ressalta que as aulas em EAD do Senai têm sido tão completas quanto as presenciais. Além do conteúdo postado pela instrutora, há um estudo dirigido como forma de atividade prática, e atividades de pesquisa. “Ainda foi proposta a realização do curso básico de Excel no site do Sesi para que tenhamos um certificado a mais no currículo futuramente. Estou certa de que nosso aprendizado está sendo contínuo e muito proveitoso mesmo em aulas EAD”, disse ela.  

Aos 56 anos, Luiz Amaral resolveu fazer o curso técnico de Mecatrônica e está aprendendo bastante. “Toda novidade sempre tem alguma dificuldade no início, mas aos poucos a gente pega. Creio que esse tipo de ensino é mais uma ferramenta dos tempos modernos, está aí pra ser usada”, afirma. Luiz trabalha como telecomunicação em Santa Rosa e tem a ajuda dos docentes.

A maior parte dos instrutores também está em teletrabalho. “Os acessos tanto do instrutor como dos alunos são diários, emitimos relatórios de verificação dos acessos dos alunos e também conferimos as postagens das atividades propostas. Fazemos a correção das atividades e damos um feedback para o aluno de como tem sido o seu desempenho”, destaca a instrutora do Senai de Igrejinha Nathana da Conceição. Ela comenta que também foram criados fóruns para interação com os alunos que ajudam a sanar dúvidas.

Publicado quinta-feira, 26 de Março de 2020 - 17h17