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Canadá vê FIERGS como parceira na busca para reforçar a cooperação comercial com o RS

A cônsul geral do Canadá no Brasil em São Paulo, Caroline Charette, disse na terça-feira, em encontro com o presidente da FIERGS, Claudio Bier, que o relacionamento bilateral entre os dois países é bom, mas segue “aquém do que poderia ser”. Caroline, que está há um ano no Brasil e também atua com os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, vê a FIERGS como importante elo nesta cooperação comercial, tendo o presidente Bier colocado a entidade à disposição para contribuir.

Ela lembra de investimentos canadenses no RS, como o da empresa canadense Magna Cosma Internacional, com sede em Santo Antônio da Patrulha, que desenvolve e fabrica peças automotivas e fornece para a General Motors, de Gravataí. Além disso, salienta que o Canadá exporta peças de aviação para o Brasil e que 30% do conteúdo utilizado pela brasileira Embraer na fabricação de aeronaves, é canadense. Em contrapartida, a cônsul cita os altos investimentos de conglomerados gaúchos no Canadá, casos do grupo Gerdau e da Marcopolo.

O presidente Bier também conversou com Caroline Charette sobre a situação do Rio Grande do Sul após as enchentes. “Nossa recuperação foi surpreendente, mas existem indústrias que ainda precisam de apoio, e a FIERGS ajuda no que é possível”, disse, reforçando que a perspectiva para 2025 é de que o PIB gaúcho cresça mais do que o brasileiro.

A corrente de comércio entre Brasil e Canadá superou os US$ 9,14 bilhões no ano passado, uma redução de 13,3% na comparação com 2022. Com o Rio Grande do Sul, ultrapassou os US$ 386 milhões, queda de 32% em relação ao ano anterior. Os principais produtos gaúchos exportados ao país foram calçados, polainas e artefatos (16,55%) e tabacos e seus sucedâneos (16,34%). Em compensação, o RS adquiriu do Canadá principalmente fertilizantes (92,41% do total).

Foto: Dudu Leal

Publicado Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024 - 16h16