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Confiança do industrial gaúcho cai, mas segue em padrão elevado

Após o otimismo proporcionado pelo resultado da eleição do ano passado, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), nesta terça-feira (26), caiu pela segunda vez consecutiva. Foi de 66,8 pontos, em fevereiro, para 64 pontos, em março. Em janeiro de 2019, havia alcançado o maior patamar (67,1 pontos) desde abril de 2010. “A confiança da indústria gaúcha passa por um movimento de acomodação natural após uma sequência de altas expressivas geradas pelo resultado eleitoral. Mas revela também alguma frustração com o desempenho da economia, além de incertezas em relação ao andamento das reformas tão necessárias para o País”, diz o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry. O índice varia de zero a cem pontos e valores acima de 50 indicam confiança, que, apesar da nova queda, se mantém em patamar elevado.

O Índice de Condições Atuais (ICA) também registrou redução. Caiu 2,2 pontos em março na comparação com fevereiro, para 56,1. Porém, acima de 50, mostra que os empresários gaúchos percebem melhora nas condições atuais. O ICA é composto por dois subcomponentes, o Índice de Condições Atuais da Economia Brasileira, que alcançou 58 pontos em março, e o Índice de Condições Atuais das Empresas, que atingiu 54,9.

EXPECTATIVAS

Quando a pesquisa da FIERGS, realizada com 205 empresas (47 pequenas, 76 médias e 82 grandes), entre 1º e 19 de março, analisa os indicadores de expectativas para os próximos seis meses, o resultado permanece acima dos 50 pontos, mas caiu bastante na comparação com fevereiro. O Índice de Expectativas (IE) foi de 71 pontos para 67,9 este mês. Com relação à economia brasileira (IE-EB), passou de 70,7 para 67 pontos. Mesmo assim, a maioria dos empresários consultados, sete em cada dez, está otimista com o futuro da economia brasileira. Apenas 3,4% estão pessimistas.

O Índice de Expectativas sobre a própria empresa atingiu 68,4 pontos em março, contra 71,2 do mês anterior. “Apesar dos recuos, os resultados mostram que os empresários gaúchos ainda avaliam favoravelmente o momento atual e mais positivamente as expectativas futuras, cenário que projeta a retomada gradual da atividade industrial no estado ao longo do ano”, observa Petry.

Mais informações podem ser obtidas em http://fiergs.org.br/pt-br/economia/.

Publicado Terça-feira, 26 de Março de 2019 - 15h15