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Empresário gaúcho vê os próximos seis meses com expectativa negativa

O penúltimo mês do ano registra a volta de uma visão pessimista dos empresários no Estado. A Sondagem Industrial, levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) e divulgado nesta quinta-feira (24), aponta que o indicador de expectativa de demanda caiu para 48,8 pontos em novembro, contra 52,8 em outubro, revelando projeção de queda após cinco meses. Os indicadores variam de zero a 100 pontos. Valores menores que 50 significam perspectiva de queda para os próximos seis meses. “A expectativa dos industriais gaúchos se deteriora em função da percepção de que a demanda seguirá em baixa, mesmo ao se aproximar o período de final de ano”, afirma o presidente da FIERGS, Heitor José Müller.
 
Diante da baixa tendência de atividade, o indicador de compras de matéria-prima prevista passou de positivo 50,6 para negativo 46,9 pontos em novembro. O de emprego (de 47,3 para 45,9 pontos) denota maior intenção das empresas de reduzir o quadro de funcionários. Já o indicador de exportações, no mesmo período, caiu de 51,5 para 50,8 pontos, comprovando que a indústria gaúcha está pouco otimista também com a demanda externa. A intenção de investimento para os próximos seis meses foi o único indicador que cresceu entre outubro e novembro, de 42,8 para 43,5 pontos. Contudo, mostra ainda baixa intenção, diante dos reduzidos níveis de produção e da Utilização da Capacidade Instalada (UCI). 
 
OUTUBRO
Mesmo que o Índice de Produção tenha subido para 48,1 pontos em outubro, apresentando uma retração menos intensa do que as verificadas nos meses de setembro (43,9) e outubro (44,3) do ano passado, permanece abaixo da linha de 50, o que não é um bom indicativo para a indústria gaúcha. A mesma análise vale para o emprego, com a elevação do índice de 46 para 46,6 pontos no período.
 
Em relação à UCI no mesmo mês, em 66% continuou estável em relação a setembro. Com isso, o índice que considera o nível comum para o período continuou baixo e passou de 36,3 para 37,6 pontos.
 
Apenas um dado se revelou positivo na Sondagem Industrial, ainda que provocado pela queda da produção: a ausência de estoques, porque coloca um viés de crescimento rápido para a produção no caso de um aumento de demanda futuro. O indicador que mede este item em relação ao planejado pelas empresas caiu de 51,3 para 50,6 pontos, praticamente no nível desejável representado pelos 50 pontos.
 
 
 
Publicado quinta-feira, 24 de Novembro de 2016 - 16h16