A competitividade de uma empresa, fundamental para disputar espaço nos mercados globalizados, não depende apenas de investimento em tecnologia, mas também da capacidade dos seus colaboradores. A afirmação é do presidente do Sistema FIERGS, Heitor José Müller, na solenidade de entrega do Prêmio Sesi de Qualidade do Trabalho (PSQT), que distinguiu 26 empresas, na tarde desta quinta-feira, na sede da FIERGS. "A essência do PSQT é reconhecer as indústrias que fabricam com excelência que e seus trabalhadores estejam satisfeitos com sua inserção no processo produtivo", destacou Müller.
As empresas AGCO (Cultura Organizacional), Construtora Zagonel (Desenvolvimento Socioambiental), Balca − Indústria de Utilidades Domésticas (Inovação) e Ipos (Ambiente de Trabalho Seguro e Saúde e Inovação) foram selecionadas para a etapa nacional do PSQT, que tem como objetivo valorizar as boas práticas de responsabilidade social empresarial. A 15ª edição do PSQT premiou 18 empresas em 1º lugar, além de outras oito por porte e categoria. No total, foram registradas 36 empresas que inscreveram 54 práticas.
A AGCO, de Canoas, venceu com o projeto ISCA (Inclusão Social, Capacitação e Acessibilidade). "Antes mesmo da lei das cotas, a empresa já praticava a inclusão social", disse o supervisor de manufatura da empresa, Gilmar Hollerweger, destacando que o projeto já tem 10 anos.
Com ações de desenvolvimento social e de sustentabilidade, a Construtora Zagonel, de Lajeado, promoveu uma série de projetos com estes objetivos. "Atividades especiais em educação, saúde, assistência social e meio ambiente que nos levaram a ter resultados diretos com os colaboradores", explicou o diretor José Zagonel.
"A nossa inovação, implantação do plano Kaizen, nos levou ao primeiro lugar em Ambiente de Trabalho Seguro e Saúde", contou o gerente de Melhoria Contínua da Ipos, de Caxias do Sul, Thiago Petersen. O envolvimento dos colaboradores e o aumento da produtividade entre 28% a 32%, estimulou os funcionários a buscar benefícios sociais, como cursos, saúde e lazer.
O sócio-diretor da Balca, de Arvorezinha, Marciano Dorigon Caron, ressaltou que a competitividade é uma questão de pessoas. "Estabelecemos o Plano Crescer, que trabalhou a motivação e o envolvimento dos colaboradores, com ganhos para os dois lados", argumentou.
